terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mano relembra 'bobagens' de Marin e garante: não quer mais a seleção brasileira


 
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No Bola da Vez, Mano relembra 'bobagens' de Marin e diz que não quer mais seleção
Mano Menezes não esconde a mágoa que tem de José Maria Marin. Convidado do "Bola da Vez" desta terça-feira, o atual técnico do Cruzeiro relembrou os problemas que teve que lidar com o cartola, então presidente da CBF e hoje preso por corrupção, que o demitiu a menos de dois anos da Copa no Brasil.
Ainda assim, o treinador garante: não tem vontade de voltar a treinar a seleção.
Na relação com Marin, Mano recorda o episódio em que o então dirigente disse que gostaria de ver as convocações com 24 horas de antecedência. "Essa história apareceu por participação desses aspones que vivem em volta do poder no futebol. O Marin estava tendo uma conversa com pessoas da CBF e quis saber como funcionava a convocação, porque ele não sabia como funcionava. E essa pessoa disse a ele: ‘Olha, o Ricardo gosta de saber a relação 24h antes'. E Marin foi e deu uma entrevista."
Mano garante que nunca mostrou sua lista diretamente para Marin, mas disse não ver problema na prática. "Sempre passei para o Andrés (então diretor de seleções da CBF, cargo intermediário entre o técnico e o presidente). Não vejo problema nenhum, mas essa é uma daquelas bobagens que não deveriam ter sido ditas, porque causou constrangimento."
E Mano enumerou mais algumas "bobagens". "Quando você dirige, você tem que saber que é o dirigente maior. E o dirigente maior não dá opinião pública sobre certas coisas; não gosta ou deixa de gostar de Ronaldinho; não liga para Fred, e o treinador fica sabendo que ligou... O dirigente maior tem que ter nível e postura, se não causa constrangimentos para quem está segurando o rojão, como é o caso do treinador", afirmou.
Ao ser perguntado se voltaria a trabalhar na CBF, o técnico foi igualmente incisivo. "Eu não pretendo voltar a trabalhar na CBF, com ou sem Marco Polo Del Nero (atual presidente). Não me atrai mais. Não gostei da dificuldade que é trabalhar como técnico da seleção. Sou um técnico que gosto de trabalhar, e o técnico da seleção trabalha pouco em relação a parte principal do técnico. Ele tem pouca possibilidade para treinar."
FONTE: ESPN