Ex-jogador do Corinthians enfrenta temperatura de 50 graus, no verão de Donetsk. No inverno, 25 graus negativos no país
verão ao lado da noiva Vanessa (Foto: Divulgação)
No inverno passado, a temperatura marcou 25 graus negativos. O verão deste ano está atingindo 45 graus, na sombra, batendo na casa de 50 graus, no sol. É desta maneira que o atacante Willian, do Shaktar, da Ucrânia, enfrenta o seu cotidiano no país. Acostumado com as temperaturas altas no Brasil, o ex-jogador do Corinthians, que está em Donetsk desde 2007, diz preferir o verão, mas revela que vem sofrendo com o calor intenso da atual temporada.
- Faz muito calor aqui. Estou acostumado, pois prefiro o calor, mas os jogadores daqui têm que passar bastante protetor na pele. O sol forte deixa todo mundo vermelho. O calor é bom somente para torcida que frequenta mais os estádios. O frio afasta um pouco os torcedores - revelou Willian, que joga ao lado dos brasucas Fernandinho, Jádson, Douglas Costa, Alex Teixeira, Luiz Adriano, Eduardo da Silva (recém-contratado) e de Marcelo Moreno, que tem dupla nacionalidade, boliviana e brasileira.
Para o camisa 10 do Shaktar, o treinamento é a parte mais difícil para os atletas, principalmente os ucranianos.
- Treinamos mais tarde por causa do calor. Os ucranianos usam camisa longa para se protegerem do sol. Na verdade, uma camisa curta e outra maior por baixo - disse.
O frio intenso também foi lembrando pelo brasileiro. Willian disse que foi difícil se adaptar num país que se vive praticamente 10 meses com temperaturas baixas.
- É complicado. Nunca tinha visto neve na minha vida, e acabei vendo aqui. Tive me acostumar a treinar com neve no gramado. Parecia areia, a bola muda de cor. Tudo é difícil, mas me acostumei - explicou.
Parque aquático no calor. Sauna e cobertor no frio
Inverno intenso no país (Foto: Divulgação)
Brasileiro gosta de praia. E Willian segue o mesmo roteiro. Porém, o jogador prefere frequentar o parque aquático da cidade.
- As praias do Brasil são as melhores. Aqui na Ucrânia, prefiro o parque aquático. São bons demais. Acaba aliviando um pouco o calor - disse Willian, que gosta de praticar Jet Ski, mas somente no Brasil.
- Aqui fica difícil. Prefiro no Brasil - completou.
Willian disse que as temperaturas negativas dificultam o trabalho dos jogadores. No entanto, são usados outros artifícios no clube para que os atletas não congelem com o frio intenso.
- O maior frio que eu enfrentei foi 25 graus negativos. É muito frio mesmo. Só para ter uma ideia, as nossas chuteiras são levadas para uma sauna do Shaktar, e depois chegam aquecidas em nossos pés. Durante os jogos e treinos são usados cobertores aquecidos nos bancos de reservas - contou.
Perto de completar 22 anos, Willian sonha em ser lembrado por Mano Menezes para Seleção Braisleira.
- É uma nova etapa na Seleção. Vou trabalhar aqui para ser lembrado - finalizou.
fonte: globo