João Pedro Teixeira nega ter sido agredido: 'Tentou só pegar meu pescoço'
Por Diego Guichard
Porto Alegre
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- Tira a foto que ele merece.
A frase de Clemer, goleiro campeão do mundo e atualmente técnico do sub-17 do Internacional, dá a dimensão da participação do gandula João Pedro Teixeira, 26 anos, na vitória e comemoração do título da Taça Farroupilha sobre o Grêmio, neste domingo, no Beira-Rio. Ele se envolveu em confusão com Vanderlei Luxemburgo e provocou sua expulsão em lance que mudou o rumo do Gre-Nal 392.
Tudo aconteceu aos 22 minutos do segundo tempo. Ao repor a bola rapidamente para Dátolo cobrar escanteio, o gandula foi perseguido por Luxa.
- Disse que só a minha mãe põe o dedo na minha cara. Ele tentou pegar meu pescoço. Não conseguiu. Não tocou em mim. Não lembro de ter tocado. Ninguém me tocou. Agora, se ele quiser, meu pescoço está aqui esperando ele. Não gosto de briga, mas se ele quiser, estou na minha, tranquilo – contou João Pedro, gandula há sete anos no Beira-Rio.
O lance gerou confusão. Houve até suspeita de agressão de Luxa, fato negado por João Pedro. E foi considerado importante pelos colorados. Tanto que os jogadores comemoraram o gol de Fabrício, o da vitória, com o gandula.
- O gandula faz parte do nosso trabalho. A gente não pode deixar ele sozinho. Fui ali ajudar e defender - disse Tinga.
Pois João Pedro nào foi apenas defendido. Virou personagem do clássico. Assunto em todas as entrevistas. Foi exaltado na festa do título. E, claro, alguém a ser entrevistado. A alegria do ambiente contrastou com o seu nervosismo.
- Fiquei um pouco tenso, mas tranquilo. O Vanderlei disse que não poderia fazer isso, não usou nenhum palavrão. A orientação do Inter é trabalhar imparcialmente, sem favorecer nenhum dos lados, tanto que não há nenhum lance que o IGrêmio possa reclamar. Só rolei a bola para dentro do campo – completou.