terça-feira, 17 de abril de 2012

Guerra na CBF: Paulistas indicam nome contra Zagallo


O escolhido, no entanto, é um mistério. Presidente da Ferj acusa tentativa de golpe na entidade

Coletiva do José Maria Marin na CBF (Foto: Mowa Press) José Maria Marin revelou disputa d epoder na CBF (Foto: Mowa Press)
Leo Burlá e Michel Castellar


O presidente da CBF, José Maria Marin, revelou nesta segunda-feira que a Federação Paulista de Futebol (FPF) fez uma indicação para o cargo de vice-presidente da Região Centro-Sul da entidade.
A revelação pegou todos os presidentes de federações presentes de surpresa. O maior interessado nesta disputa é Rubens Lopes, presidente da Federação do Rio de Janeiro. O presidente da Ferj revelou a existência de um trato de cavalheiros para a indicação do nome. Lopes disse que abriu mão da última indicação, o que determinaria a vez de uma escolha por parte da Federação do Rio. Segundo ele, algo diferente disto seria uma 'tentativa de golpe'.
Na última semana, Lopes indicou o nome de Zagallo, e disse que não tinha conhecimento de nenhuma indicação por parte da FPF.
O dirigente carioca disse ainda que não tem conhecimento se a indicação foi feita dentro do prazo exigido pelo estatuto da CBF.
- Isto tudo deveria ter sido informado quando as indicações foram feitas. Foi uma surpresa - disse Ednaldo Rodrigues, mandatário da Federação Baiana de Futebol.
ENTENDA O CASO
Segundo o estatuto da entidade, as federações que fazem parte do Centro-Sul - no caso, Rio e São Paulo - devem fazer indicações para a vice-presidência regional. Há um acordo histórico para que cariocas e paulistas se revezem na escolha.
Em 2007, o Rio indicaria um nome. Porém, cedeu o direito aos paulistas, que apontaram José Maria Marin, atual presidente da CBF. Os cariocas, então, afirmam ser sua a vez de escolher o vice.
Del Nero, no entanto, vinha resistindo. Ele indicaria a si mesmo, de forma que se tornaria o vice mais idoso da entidade. Assim, em caso de renúncia de Marin, seria o primeiro na linha de sucessão.
Rubens Lopes, que chegou a avaliar o cenário como a possibilidade de um "golpe", vem contestando a forte influência de Del Nero na CBF desde a renúncia de Ricardo Teixeira, no início de março. O paulista acompanha o amigo Marin em todos os seus compromissos oficiais, além de comparecer com frequência à sede da entidade, no Rio.


FONTE: LANCE