Acompanhe ao vivo o primeiro jogo da semifinal entre ingleses e espanhóis no GLOBOESPORTE.COM a partir das 15h (de Brasília)
Por Cahê Mota
Direto de Londres
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Na teoria, é mais um duelo com amplo favoritismo do Barcelona. O atual campeão espanhol, europeu e mundial tem pela frente um Chelsea para muitos em sua temporada derradeira com uma geração que alçou o clube inglês à potência graças à fortuna de Roman Abramovich na última década. Mas que fique claro: trata-se apenas de uma teoria, algo que não representa muito no futebol, e ingleses e catalães dão nesta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), no Stamford Bridge, o pontapé inicial para uma semifinal que promete ser fantástica pela Liga dos Campeões da Europa.
A TV Globo transmite o duelo ao vivo, assim como o GLOBOESPORTE.COM que abre a cobertura um pouco antes do início da partida, às 15h (de Brasília), com Alex Escobar, Eric Faria e Marcelo Pizzi. O internauta pode participar da transmissão pelo twitter, através da hashtag (#vccomenta).
Renascidos após uma temporada dada como fracassada há menos de dois meses, culminando inclusive com a demissão do treinador André Villas-Boas, e com “dispensas” iminentes para determinar o fim de um ciclo, os medalhões dos Blues mostraram que até podem ser complicados, mas ainda têm lenha para queimar. Sob o comando do italiano Roberto Di Matteo, que assumiu como interino e tem obtido sucesso,Terry,Lampard, Drogba e companhia voltaram a se destacar, reverteram uma eliminatória complicada diante do Napoli, bateram o Benfica e disputam a sexta semifinal de Champions nos últimos nove anos. O clube londrino, entretanto, tem pela frente justamente o responsável pelo mais traumatizante revés.
Nem mesmo a queda nos pênaltis na decisão de 2008 foi tão marcante como o “Iniestazo” da semifinal do ano seguinte, num empate que o próprio Lampard qualificou como “a pior derrota”. O chute do camisa 8 da entrada da área nos minutos finais da semifinal do dia 6 de maio de 2009 (assista no vídeo ao lado) garantiu o 1 a 1 no placar, levou o Barça à primeira final de Champions da Era Guardiola e acirrou a rivalidade em um confronto marcado pelo equilíbrio.
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Se o Barça de hoje atropela rivais como fez com Bayer Leverkusen e Milan, diante dos Blues a tarefa costuma ser complicada: ao todo foram dez jogos em cinco confrontos mata-mata de ida e volta; três vitórias para cada lado, quatro empates, mas três classificações catalãs contra duas inglesas. Além disso, o grande nome da partida, Lionel Messi, nunca marcou diante dos ingleses: foram seis partidas e nada de gol, algo raro para quem é, aos 24 anos, o maior artilheiro da história do Barcelona.
Retrospecto que indica equilíbrio no confronto cujo vencedor encara na decisão, em Munique, no próximo dia 19 de maio, o ganhador do embate entre Bayern e Real Madrid. No primeiro jogo, vitória dos alemães por 2 a 1.
No Chelsea, confiança e preocupação
Reserva em muitos jogos na Era Villas-Boas, Lampard voltou a ser referência no Chelsea com a troca do português por Di Matteo e foi o responsável por falar em nome do time em coletiva de imprensa na véspera do jogo. Embalado pela goleada sobre o Tottenham, domingo, e a classificação para a final da Copa da Inglaterra, o meia está duplamente preocupado.
- Nossas estatísticas contra o Barça são boas, temos que confiar em nós mesmos. Temos que pressionar, mas o problema é onde pressionar. Isso quem vai dizer é o treinador. Temos que estar prontos para parar jogadores como Messi, Xavi, Iniesta... Se dermos espaços, será ainda mais perigoso.
E Di Matteo seguiu a linha de raciocínio de seu homem de confiança. Questionado sobre como definiria o estilo de sua equipe, já que para muitos o Barça joga o “futebol arte”, o italiano simplificou as coisas, demonstrou respeito ao rival, mas usou os últimos bons resultados para se mostrar otimista.
- Jogamos futebol. Assim que nos definimos. Temos um grande elenco, com jogadores experientes, e melhoramos muito nas últimas semanas. Ganhamos confiança. Precisamos de dois jogos perfeitos, e o que fizemos recentemente nos faz acreditar que é possível.
Para a partida, o Chelsea não terá o brasileiro David Luiz, com um problema muscular. Gary Cahill fará a dupla com Terry, enquanto Drogba e Fernando Torres disputam um lugar no ataque.
Guardiola: ‘Todos querem nos vencer’
No lado catalão, o clima também é de respeito. Ex-jogador do Arsenal, rival do Chelsea em Londres, Cesc Fábregas pediu atenção aos contra-ataques dos Blues e por inúmeras vezes elogiou Didier Drogba. Prevendo um confronto “muito difícil”, o meia pediu atenção para que os ingleses não sejam mortais nos contragolpes.
- Tenho muitos exemplos de jogos pelo Arsenal onde dominávamos, tocávamos a bola, e no primeiro contra-ataque eles marcavam. O Drogba é um atacante muito perigoso, que segura bem a bola no ataque, encaixa bem nessa estratégia de lançamentos longos. Temos que estar muito atentos.
Atenção que Pep Guardiola também cobrou de seus comandados. O treinador acredita que, mesmo veteranos, os medalhões do Chelsea podem ser tão complicados como no “Iniestazo” e lembrou o retrospecto vitorioso dos últimos anos para justificar sua opinião.
- É um time que mantém o espírito, a alma, que é o mais importante. É uma geração de jogadores únicos, que têm feito um trabalho de alto nível há quase uma década, com títulos e muitas boas participações na Champions. Estamos animados para enfrentá-los.
Sem desfalques, Guardiola poderá escalar o que tem de melhor para a partida, já que Gerard Piqué e Daniel Alves estão recuperados de suas lesões. Com isso, o treinador ganha opções para colocar dúvidas na cabeça dos rivais.
A partida de volta entre Chelsea e Barcelona acontece na próxima terça-feira, às 15h45m (de Brasília), no Camp Nou.
Confira as prováveis escalações:
Chelsea: Petr Cech, Ivanovic, Cahill, Terry e Ashley Cole; Lampard, Ramires e Mikel; Mata, Kalou e Drogba (Torres)
Barcelona: Valdés, Dani Alves, Mascherano, Piqué e Puyol; Busquets, Xavi, Iniesta e Fabregas; Messi e Alexis Sanchez.
Arbitragem: Felix Brych (Alemanha), auxiliados pelos compatriotas Mike Pickel e Mark Borsch.
FONTE: GLOBO