Técnico se coloca na posição dos rivais, ressalta qualidades da própria equipe e diz que faria de tudo para fugir do Corinthians no mata-mata
Por GLOBOESPORTE.COM
São Paulo
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Com a cabeça nas oitavas de final da Taça Libertadores da América, o técnico Tite disse não querer enfrentar adversários brasileiros ou o Boca Juniors, da Argentina, nas fases seguintes da competição continental. Curiosamente, o treinador acrescentou ao grupo das “equipes indesejadas” o... Corinthians. Satisfeito com o trabalho desenvolvido até aqui, o treinador afirmou que, se estivesse do outro lado, também preferiria evitar um confronto com o Timão.
– Isso não é de hábito, mas eu tenho me colocado do outro lado. Eu não queria ter o Corinthians como adversário, mas sei também que uma melhor classificação não credencia a nada, porque é um campeonato muito difícil. São dois jogos que você pega e que, daqui a pouco, pode ficar fora. Tenho exemplos na Copa do Brasil, nas oito Liberadores que disputei e no próprio Corinthians enfrentando o Flamengo – afirmou o comandante alvinegro.
Pelas oitavas da Libertadores de 2010, o Corinthians, dono da melhor campanha na primeira fase, enfrentou o Rubro-negro, time de pior retrospecto. Após triunfo carioca por 1 a 0 no Rio de Janeiro, a vitória do Timão por 2 a 1 no Pacaembu não foi suficiente para evitar a eliminação, por conta do gol marcado fora de casa pelo adversário.
A equipe é ambiciosa e, ao mesmo tempo, é humilde de saber que tem de marcar muito o adversário"
Tite
A postura do elenco corintiano é o principal argumento de Tite para justificar o Corinthians como um adversário indigesto na competição continental. Além da fase que atravessa em 2012, o Timão mantém seu estilo de jogo contra todas as equipes que enfrenta, independente de quem seja. E a Fiel, nas partidas em casa, dá o “toque final”.
– A equipe está em um momento bom, com o grupo consolidado. É ambiciosa e, ao mesmo tempo, é humilde de saber que tem de marcar muito o adversário. Vai jogar contra o Catanduvense e sabe que tem de marcar, não abre mão de buscar o resultado. Quando está na frente, o torcedor auxilia e fica, no conjunto da obra, muito forte – explicou.
Nesta quarta-feira, o Timão depende de um empate com o já eliminado Deportivo Táchira-VEN para avançar às oitavas de final como líder do Grupo 6 da Libertadores. O treinador analisou os pontos fortes do adversário, comparando-o ao Paulista de Jundiaí, time que o Corinthians sofreu para vencer pelo Paulistão, por 1 a 0, também no estádio do Pacaembu.
– É uma equipe que tem qualidade técnica na triangulação, na troca de passes. Joga com duas linhas de quatro, sabe trabalhar com três volantes, em um sistema parecido com o do Paulista de Jundiaí. É uma equipe tarimbada, que joga mais atrás puxando o contra-ataque. Vão querer truncar o jogo, temos de estar preparados.
No jogo contra o Táchira em San Cristóbal, partida que marcou a estreia da equipe nesta edição da Libertadores, empate por 1 a 1. O Timão saiu perdendo, mas buscou a igualdade em cabeçada de Ralf, no último lance do jogo.