Presidente do Bugre diz que não vai abrir mão de ter apenas torcedores do seu time na semifinal no Brinco, mas dirigente da Macaca defende acordo
Por GLOBOESPORTE.COM
Campinas, SP
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O dérbi campineiro mais importante dos últimos anos já começou. Se os times entrarão em campo apenas no próximo fim de semana pelas semifinais do Paulistão, os bastidores já esquentaram. O motivo é a polêmica sobre a realização do clássico campineiro com torcida única. Os presidentes dos dois clubes têm visões diferentes sobre o assunto.
Jogadores do Guarani comemoram a vaga com a torcida no Brinco (Foto: Rodrigo Villalba / Divulgação)
Marcelo Mingone, presidente do Bugre, diz que não abrirá mão de ter apenas torcedores do clube na semifinal no Brinco de Ouro e bateu na tecla de que as partes envolvidas – Guarani, Ponte Preta e autoridades públicas – fizeram tal acordo antes do dérbi da primeira fase do estadual.
O Guarani vai bater o pé. O que ficou combinado tem que ser cumprido."
Marcelo Mingone, presidente bugrino
Na oportunidade, a segurança foi o tema principal por conta da morte do bugrino Anderson Ferreira, de 28 anos, durante uma briga entre torcedores de Guarani e Ponte após um dérbi das categorias de base. Chegou-se a cogitar até a mudança de cidade e, segundo Mingone, ficou acordado em reunião de que a partir do clássico seguinte seria com torcida única.
- O Guarani vai bater o pé. O que ficou combinado tem que ser cumprido. Eu espero que a palavra de todos que estiveram na reunião seja cumprida. A minha palavra vale mais do que qualquer assinatura – afirmou Mingone, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Campinas,na noite deste domingo, após a vitória bugrina por 3 a 2 sobre o Palmeiras.
Por outro lado, Márcio Della Volpe defendeu a realização da partida com bugrinos e alvinegros. Ele negou que a Ponte aceitou a proposta do Guarani de torcida única. Segundo Della Volpe, o que aconteceu foi um sinal positivo da Macaca para conversar sobre a possibilidade.
- Nós somos contra torcida única. A posição da Ponte, na oportunidade, foi de que aceitávamos conversar. Já falei com a Polícia Militar, que também é contra a torcida única. Também acredito que isso não passa pela cabeça da Federação Paulista – rebateu o presidente da Macaca, também à Rádio Bandeirantes.
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O prefeito de Campinas, Pedro Serafim Júnior, também entrou na conversa e ficou favorável à ideia do dérbi com a presença de bugrinos e pontepretanos. O chefe do executivo da cidade pretende marcar uma reunião com os dirigentes e autoridades públicas na quarta-feira para a decisão ser tomada.
- A minha preocupação é com a segurança da população. A situação agora é diferente. Nós nunca iríamos imaginar que teríamos um dérbi na semifinal. É um orgulho para a cidade. Vamos apelar para o bom senso. Eu espero que Campinas consiga viabilizar uma grande festa, zelando pela segurança – comentou Serafim Júnior.
fonte: globo
