Em clássico contra o Uruguai, seleção chama atenção por não dar chutão e controlar a partida. Jogadores reclamam de entradas e provocações de atletas da Celeste
A cena foi recorrente no duelo entre Brasil e Uruguai pelo Mundial Sub-20. A zaga brasileira recuperava a bola sem muita dificuldade e, mesmo perto da área ou acossada por algum rival, saía tocando a bola. Sem chutão. Com tranquilidade. A postura de Marlon e Lucão na partida simbolizou bem a forma como a equipe encarou o duelo com a Celeste: com frieza, evitando cair nas provocações do adversário, sabendo que qualquer erro poderia custar a classificação, que veio nos pênaltis após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.
Marlon observa Jean fazer defesa: zaga esteve segura e não apelou para o chutão (Foto: AP)
A estratégia do Uruguai foi clara: recuar, dar a bola ao Brasil e esperar por um erro para sair na cara do gol. Mas a concentração da seleção foi exemplar. Marlon, por exemplo, chegou a driblar na área, com tranquilidade, antes de iniciar a jogada com um passe rasteiro. Dentro do gramado, havia a noção de que era preciso minimizar os erros.
- Num jogo de Copa do Mundo sempre tem que manter a calma. Tem que ser erro zero. O erro pode até existir, mas sem comprometer. Aqui a gente é um grupo muito unido. Quando um erra, o outro vai e acerta por ele. Tem que procurar errar o menos possível, mas, se errar, vai ter outro para consertar - disse o goleiro Jean.
- Essa é nossa característica: não dar chutão. Tem a recomendação do treinador, mas é nossa característica também. Dava para jogar, porque o time do Uruguai só ficava no chutão, e a gente estava bem postado. Graças a Deus deu tudo certo - completou Marlon.
fonte: globo