quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Presidente do Fla nega ter impedido defesa de Zico

Patrícia Amorim diz que aconselhou o Galinho a não responder denúncias para preservar sua imagem


Presidente reconhece 'jogo sujo' contra Zico no clube

Presidente reconhece 'jogo sujo' contra Zico no clube (Crédito: Paulo Sèrgio)

LANCEPRESS!

A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, desmentiu as acusações de Zico, de que tenha tentado impedi-lo de se defender das acusações no Conselho Fiscal rubro-negro. A dirigente ressaltou que as investigações já comprovaram que a parceria com o CFZ não trouxe prejuízo ao clube, e, por isso, aconselhou o Galinho a deixar o assunto de lado para poupar sua imagem.

- A parceria não trouxe nenhum prejuízo ao Flamengo. Tudo já foi resolvido, tanto que no dia em que tivemos a reunião se disse que o caso estava esclarecido e o fato se deu por encerrado. Não tem mais motivos para falar sobre isso. Como o assunto foi externado, trouxe visibilidade negativa para ele. Se ele quer responder, tem todo direito. Mas meu papel como presidente foi preservá-lo. Mas preservar não significa que ele não tivesse sido defendido. A intenção era apenas evitar desgaste - disse em entrevista ao canal ESPN Brasil.

Sobre o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, reponsável pelas acusações que culminaram na saída de Zico, Patrícia diz respeitar o poder que lhe foi concedido pelo clube.

- Me ausento de posição pessoal sobre o Capitão Léo. Como presidente, respeito seu poder, que não foi indicado por mim, e se o clube entendeu que a ele deveria ser atribuído esse poder, eu, como presidente, tenho que respeitar - afirmou.

A presidente também admite que as denúncias contra seu 'ídolo' Zico fizeram parte de um 'jogo sujo'. E diz que as portas do clube seguem abertas para seu retorno.

- Ele não tem nenhum tipo de mágoa em relação a isso. Entendo, como mãe, que as pessoas estão jogando do lado sujo, mais pesado. Mas me conforta saber que ele tenha tido a atitude que achou correta, que deveria sair para não prejudicar o Flamengo. Também tenho problemas, mas eu fiquei aqui - completou Patrícia, que foi acusada pelo ex-presidente Márcio Braga de ter o Capitão Léo como cabo eleitoral. Segundo a mesma denúcia, Léo estaria mandando no clube. Ela intima Braga a mostrar as provas.

- Isso é surreal. Quem fala tem que provar. Ele (Capitão Léo) foi reeleito, então seu poder não pode ser atribuído à Paticia Amorim. Eu convivo com todos os presidentes. Léo não é chefe de gabinete, nem manda no Flamengo. Então o Marcio Braga tem que provar - completou.