segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Juninho admite que título ficou difícil e diz que Vasco deve 'olhar para trás'


Meia pede mudanças de planos, defende a permanência de Cristóvão no comando do time e admite forte pressão de jogar em São Januário

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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Ídolo, capitão e referência do Vasco em campo, coube a Juninho Pernambucanotentar explicar o que aconteceu na derrota por 4 a 0 para o Bahia, na noite deste domingo, em São Januário. Para o meia, o momento atual do time é o pior na temporada e, até por isso, ele reconhece que a conquista do título brasileiro ficou muito difícil para o clube, que está a 11 pontos do líder Fluminense. O Reizinho acha que o elenco deve se concentrar em garantir vaga na Libertadores para evitar que o ano termine ainda pior.
- Dos altos e baixos que passamos na temporada, este é o pior momento. Não é nada normal perder de 4 a 0 em casa, mas não devemos mudar tudo o que tínhamos feito até agora. Apenas uma mudança de planos, não pensar tanto na conquista do título, que ficou difícil, e olhar mais para trás da tabela, porque a temporada pode ser muito pior. Estamos deixando de subir, os times que estão atrás estão encostando. Vamos ver como o time vai reagir até quarta, temos outro jogo em casa e é fazer de tudo para ganhar. Acredito no poder de reação da equipe - disse, em entrevista à Rádio Globo, ainda no campo.
Não acho que o técnico que possa chegar, em pouco mais de três meses de competição, vai aumentar o nível para o que a torcida espera. Não existe a possibilidade de chegada de novos grandes jogadores"
Juninho defende a permanência de Cristóvão
Criticado pela torcida, o técnico Cristóvão Borges viu a pressão sobre ele aumentar após a goleada sofrida. Mas Juninho defendeu o comandante, alegando que não seria possível evoluir com uma troca de treinadores até o fim do Brasileiro.
- É uma derrota que machuca, natural que o torcedor pressione. É da cultura do nosso futebol querer mudanças. Nunca somos nós jogadores a decidir isso (sobre troca de técnicos), mas é natural que a diretoria se sinta pressionada também. Isso deixa todo mundo alarmado, decepcionado, mas não acho que seja motivo para recomeçar um trabalho. O Cristovão é treinador desde o ano passado, não acho que o técnico que possa chegar, em pouco mais de três meses de competição, vai aumentar o nível para o que a torcida espera. Não existe a possibilidade de chegada de novos grandes jogadores - disse ao SporTV.
Mais tarde, Cristóvão agradeceu o apoio de seu capitão.
- Não me surpreende isso, ele é o capitão do time, uma pessoa bastante equilibrada, experiente e sensata, que tem conhecimento do futebol. Juninho sempre mostrou uma visão bem globalizada e sabe avaliar as situações - frisou.
Juninho Pernambucano vasco x bahia (Foto: Wilton Junior / Ag. Estado)Juninho admite que o Vasco sempre joga pressionado em São Januário (Foto: Wilton Junior / Ag. Estado)
A derrota para o Bahia foi a segunda em 12 partidas em São Januário. Apesar do ótimo retrospecto, Juninho reconhece que atuar no estádio nunca é tranquilo, devido à pressão da torcida.
- A gente sabe que jogar em São Januário é sempre assim, pouquíssimas vezes a torcida saiu feliz. Talvez pelos últimos dez anos, o torcedor se sente pressionado, e nos pressiona também - ponderou, em referências às vaias até em alguns dias de vitórias.
Com 39 pontos, o Vasco se mantém no G-4 do Brasileirão, mas se vê a 11 pontos do líder Fluminense, e só dois à frente do Botafogo, primeiro abaixo da zona de classificação para a Libertadores. Na próxima rodada, o Cruz-Maltino recebe o Palmeiras, na quarta-feira, às 22h (de Brasília), em São Januário, para tentar apagar o vexame desta noite.
fonte: globo