quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mano ignora vaias no Serra Dourada: 'Não vou deixar de tirar um jogador'


Criticado após saída de Lucas, técnico diz que não tem problema com torcida e avisa que não usará três atacantes contra grandes seleções

Por Fabrício Marques e Leandro Canônico
Goiânia, GO
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Os gritos por Felipão e de "adeus, Mano" não abalaram o técnico da Seleção. Após a vitória por 2 a 1 sobre a Argentina na noite desta quarta-feira, Mano Menezesafirmou que não deixará de fazer substituições por causa da reação da torcida nos estádios. A ira dos goianos aconteceu após a substituição de Lucas por Wellington Nem no segundo tempo no Serra Dourada.
- Não tenho nada para falar do torcedor. Aconteceu especificamente em um momento. Preferência do torcedor. Mas não vou deixar de tirar um jogador que não está rendendo por conta disso - disse Mano.
O técnico escalou a Seleção com Lucas, Luis Fabiano e Neymar no ataque. Mas o time acabou tendo poucas chances no primeiro tempo e Mano decidiu tirar os dois atacantes do São Paulo na etapa final (Leandro Damião substituiu o Fabuloso). Depois da vitória, o treinador revelou que não pretende manter o esquema contra adversários mais difíceis (no Superclássico das Américas, Brasil e Argentina só podem convocar atletas que atuam nos dois países).
- Não vamos jogar contra as grandes seleções com linhas de três. Você vai perder o controle do jogo em um momento crítico que é o meio de campo. Com a Seleção completa, nós teremos uma ideia diferente e a tática vem se desenhando. Vamos ver isso mais ali na frente para estender mais o nosso período de invencibilidade com a Seleção completa. A última derrota com a Seleção completa foi em agosto de 2011. Vem dando consistência, prazos, idéias... Por isso digo que as mudanças serão pontuais para nos aproximarmos cada vez mais das melhores seleções do mundo - explicou.
A partida de volta do Superclássico será no dia 3 de outubro em Resistencia, na Argentina. Questionado sobre o motivo da saída de Lucas, Mano afirmou que pretendia dar mais força ofensiva pela direita, já que o time de Alejandro Sabella estava muito fechado.
- Quando uma equipe defende com tantos jogadores, não adianta se posicionar no flanco e fazer apenas as jogadas para um atacante. Fizemos poucas vezes. O Lucas, lateral do Botafogo, cresceu com a entrada do outro jogador. Chegamos três vezes após a entrada do Wellington Nem - concluiu.
Mano menezes brasil x Argentina (Foto: Mowa Press)Mano Menezes ouviu gritos por Felipão no Serra Dourada durante o Superclássico (Foto: Mowa Press)FONTE: GLOBO