sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Laser na torcida do Flamengo e agressão de Réver na mira do STJD


Rubro-Negro pode ser multado e até perder mando de campo. Já o clube mineiro pode ficar sem o zagueiro, expulso nessa quarta, por até 12 jogos

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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De olho na transmissão da vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, na noite desta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já estuda punições para os dois clubes. O Rubro-Negro pode ser punido pelo uso de um laser verde por um torcedor na arquibancada do Engenhão, enquanto o clube mineiro pode perder Réver, que foi expulso após dar um soco em Cáceres(veja vídeo ao lado), por até 12 jogos. O volante paraguaio do Flamengo, que levou cartão amarelo no lance,  também corre risco de ser denunciado, segundo Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD.
Ainda aguardando a súmula da partida, Schmitt disse que está focado na agressão do jogador atleticano e na questão do laser. Flagrado pelas câmeras de TV apontando uma luz verde para o campo (assista ao vídeo abaixo), o torcedor rubro-negro desapareceu da arquibancada após receber uma ligação. Outras luzes semelhantes foram vistas sobre o rosto de alguns jogadores, em especial, Ronaldinho Gaúcho, alvo da torcida do Fla após ter trocado de clube. Schmitt explica que casos como este têm sempre acarretado em punições aos clubes, pois já é comprovado que o objeto pode causar danos à saúde das pessoas.
- Temos a comprovação de que ele faz mal à saúde. Em todos os casos de laser os clubes têm sido punidos, multados, como regra - explicou.
Diante da declaração do procurador, o Flamengo deve ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune o clube que “deixa de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”. Além de multado, o clube também pode perder mando de campo.
Nesta semana, o Goiás perdeu um mando de campo por este motivo. Um torcedor apontou um laser verde para o árbitro do jogo com o Ceará, no Serra Dourada, pela Série B do Brasileirão. O clube era reincidente.
No Engenhão, os torcedores do Flamengo também usaram insistentemente apitos que, em sua maioria, foram distribuídos pela própria diretoria rubro-negra. No entanto, Paulo Schmitt diz que essa questão ainda não está na mira do Tribunal, que ficará de olho em faixas e cartazes ofensivos.
- Apito por enquanto não é nossa prioridade - afirmou.
Em relação à expulsão de Réver, o procurador-geral do STJD disse que a infração lhe parece bem clara. Assim, o jogador atleticano deve ser enquadrado no artigo 254-A do CBJD (praticar agressão física durante a partida), que prevê pena de quatro a 12 partidas de suspensão.
Mas o rubro-negro Cáceres, que foi punido com o cartão amarelo pelo árbitro Jailson Macedo Freitas, também corre risco de ir a julgamento. Schmitt ainda pretende analisar melhor se houve hostilidade por parte dos dois jogadores antes da atitude do zagueiro do Galo. Desta forma, Réver também pode ser julgado pelo artigo 250 (praticar ato desleal ou hostil durante a partida), que tem como punição gancho de um a três jogos, assim como o volante do Flamengo.
- Precisamos avaliar a parte de hostilidade de ambas as partes, mas, para mim, a agressão está muito clara - avaliou o procurador.
A súmula da partida só deve sair no fim desta quinta-feira. Paulo Schmitt diz que se houver outros fatos relatados no documentos, eles serão analisados pelo Tribunal.
FONTE: GLOBO