quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Guerreiro, Inter vence na Argentina e encaminha título da Sul-Americana


Colorado supera expulsão de Guiñazu ainda no primeiro tempo e faz 1 a 0 no Estudiantes, com gol de Alex, de pênalti

Alex cobra pênalti sofrido por Nilmar e converte
O Inter pegou a mania de se alimentar de títulos continentais e agora tem a faca e o queijo nas mãos para engordar sua coleção de canecos gringos. Guerreiro, o time colorado superou a expulsão precoce de Guiñazu e bateu o Estudiantes por 1 a 0 no estádio Ciudad de La Plata na noite desta quarta-feira. O triunfo no primeiro jogo da decisão deixa a equipe gaúcha em vias de ganhar a Copa Sul-Americana. Se for confirmado, será sua quinta taça estrangeira em três anos. Alex, ainda no primeiro tempo, marcou de pênalti o gol vermelho. O resultado quebrou uma invencibilidade de 43 partidas do Estudiantes em casa. É a quinta vitória consecutiva do Inter na Sul-Americana, competição que ainda não foi conquistada por brasileiros.


Com o resultado, a equipe de Tite joga até por empate no jogo da volta, na quarta da semana que vem, em um Beira-Rio entupido por 50 mil torcedores. Um Guiñazu substituído por dez Aos 24 minutos do primeiro, a esperança colorada de vitória em La Plata recebeu uma punhalada. Pareceu uma tragédia quando o árbitro Carlos Amarilla levantou o cartão amarelo, puxou o vermelho e o apresentou a Guiñazu, que fizera falta em Verón. Justamente a Guiñazu... Com um quarto de jogo, o Inter perdia sua referência, seu símbolo de raça. Mas aí aconteceu um fenômeno estranho. Quando Guiñazu saiu de campo, Alex virou Guiñazu, Magrão virou Guiñazu, Nilmar virou Guiñazu, Álvaro virou Guiñazu. Em vez de um “loco”, o time colorado passou a ter dez. Só faltou um corte moicano coletivo. Na base da raça, da superação, da entrega por cada bola, os gaúchos anularam a inferioridade numérica. Alex, nenhuma novidade, jogou uma enormidade. Quando o Inter ficou com dez jogadores, ele teve que recuar para fechar o meio. Mesmo assim, acertou tudo que tentou. Inclusive o pênalti. E duas vezes. Aos 33 minutos, D’Alessandro lançou Nilmar.


O atacante, com a velocidade de uma Ferrari, passou reto por Desábato, que só pôde derrubá-lo. A penalidade foi cobrada por Alex. Na primeira vez, houve invasão de área, e Amarilla mandou bater de novo. Na segunda, o canhotinho fez: 1 a 0.


O Inter e seus dez Guiñazus poderiam ter ampliado. D’Alessandro cobrou falta na trave aos 37. Pouco depois, Alex açucarou a bola para Nilmar, que recebeu livre, na cara do goleiro. A arbitragem, equivocadamente, viu impedimento. O Estudiantes, apesar da derrota com um atleta a mais, não foi um oponente frágil. A equipe de Leonardo Astrada deu seus sustos no Inter, especialmente em jogadas de bola parada. Lauro foi impecável ao intervir nos cruzamentos. Edinho, Álvaro e até Alex mandaram bem na disputa aérea com os argentinos.


O maior pecado do time da casa foi o abuso nos erros de passe, defeito aumentado pela forte marcação vermelha.Adversário controlado Nada mais natural do que o Estudiantes voltar faminto no segundo tempo. Os argentinos se viram obrigados a pressionar. Mas não conseguiram impor um ritmo suficientemente forte para abalar o Colorado. Chutes por cima de Salgueiro e Verón foram as principais chances do oponente gaúcho.


O Inter, fechadinho na defesa, tentou aproveitar os contra-ataques. Nilmar recebeu lançamento em profundidade de D’Alessandro e não chegou antes do goleiro por uma fração de segundo. Astrada mandou o time ao ataque. Chegou a tirar um zagueiro, Alayes, para colocar o centroavante Calderón. As investidas argentinas ao ataque viraram desespero, na base do balão. E sem sucesso. Novamente sólido na defesa, o Inter conseguiu segurar o resultado.No contra-ataque, ainda teve tempo para mais uma boa chance colorada. Aos 37, D'Alessandro deu toque para Magrão por cima da zaga. Na área e com pouco ângulo, o volante bateu cruzado, rasteiro. Andujar pegou em dois tempos.
Depois, o Estudiantes pressionou até o último minuto, mas não foi suficiente para arrancar ao menos um empate.


fonte: globo