Meia vê evolução no Fluminense e pede ao time humildade contra o Avaí
Deco já desfilou talento nos principais e mais imponentes estádios do mundo. Em 1997, partiu para a Europa decidido a construir uma carreira de sucesso. Porto-POR, Barcelona-ESP, Chelsea-ING, seleção de Portugal, um punhado de títulos, duas Copas do Mundo no currículo. Na volta ao Brasil, 13 anos depois, decidiu vestir a camisa do Fluminense. Desde então, tem viajado com o time para a disputa do Brasileirão. É como se explorasse o país. Boa parte dos estádios é uma novidade para o luso-brasileiro. Nesta terça-feira, conheceu o palco da partida contra o Avaí, que será disputada nesta quarta, pela 26ª rodada do Nacional. Em Volta Redonda, no interior do Rio, treinou no Raulino de Oliveira que, segundo ele, lembra um pouco o Stamford Bridge, a casa do Chelsea.
- É parecido (risos), a torcida fica pertinho do campo, mas está bom. Infelizmente existe essa dificuldade de o Maracanã ter sido fechado, complica para a maioria dos clubes, mas é bom também diversificar um pouco. Aqui tem muitos torcedores do Fluminense, é legal jogar em outro lugar. Temos de jogar em qualquer lugar. Se quiser ser campeão, não tem como. O gramado está melhor que o do Engenhão. O problema do Engenhão é a areia, que complica um pouquinho. Aqui está bom – comentou.
Cerca de 100 dos torcedores citados por Deco assistiram ao treino do time. O jogador foi um dos mais assediados e atendeu ao público pacientemente. Ele assegura que está completamente readaptado ao futebol brasileiro. Apesar de ainda não ter sido brilhante, tem papel de liderança na equipe tricolor. É homem de confiança de Muricy Ramalho. Resultado dos 14 anos de carreira.
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
- Não passo nada além. Não tenho essa ambição. Minha ambição é ganhar, vencer. Tudo o que eu puder fazer para ajudar eu vou fazer. Dentro do campo, temos de fazer a leitura do jogo. Contra o Vitória, o jogo ficou muito corrido no segundo tempo, eles vindo para cima, ganhávamos a bola e perdíamos em seguida. Ninguém aguenta ficar sofrendo 45 minutos sendo atacado. É o momento de ter a bola, de conseguir administrar. Mas todo mundo sabe o que tem de fazer. Temos de ter essa experiência para matarmos os jogos, conseguirmos ter a bola. Não dá para ficar só correndo. Futebol não é isso. Tem de saber como se posicionar. Estamos bem melhores nisso. Por isso evoluímos nos últimos dois jogos – analisou.
Em dez partidas com a camisa do Flumiense, o camisa 20 fez um gol e deu uma assistência. Sabe que pode render mais, mas tem paciência.
- Não senti nenhum problema, não (em voltar ao Brasil). Tudo vem com o tempo, e as coisas têm acontecido assim – frisou.
(Foto: Photocamera)
O Fluminense precisa vencer o Avaí para não correr o risco de perder a primeira posição. O time tem 48 pontos, um a mais que o Corinthians, que enfrenta o Botafogo também nesta quarta. Os catarinenses golearam o Ceará na última rodada, por 5 a 0, e apressam o passo para fugir da zona de rebaixamento.
- Acho que o importante é manter o respeito, independentemente do momento do adversário. Do outro lado sempre estão jogadores de qualidade. Se entrarmos devagar, não respeitarmos, vamos ter problemas. O segredo é a humildade. Temos de encarar com seriedade. Nosso objetivo é maior que todos – destacou.
O técnico Muricy Ramalho deve repetir a escalação do jogo contra o Vitória. A única alteração será na lateral esquerda. Suspenso, Carlinhos não joga. Julio Cesar vai substituí-lo. O time: Rafael, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio Cesar; Diogo, Fernando Bob, Deco e Conca; Washington e Rodriginho. O Tricolor entra em campo às 21h, e o GLOBOESPORTE.COM detalha todos os lances em Tempo Real.
FONTE: GLOBO