terça-feira, 22 de maio de 2012

ANAF presta queixa crime contra presidente da Ferj, Rubens Lopes


Representada pelo advogado Giuliano Bozzano, a associação dos árbitros
sai em defesa de Sandro Meira Ricci e seus assistentes, alvos de suspeitas

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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Carta Ferj (Foto: Divulgação / Site Ferj)
Ofício enviado pela Ferj, a respeito da arbitragem
de Sandro Meira Ricci(Foto: Divulgação / Site Ferj)
Presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes está na mira da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF). Representada pelo advogado Giuliano Bozzano, a associação entrou com uma queixa crime contra o mandatário da federação carioca, que na última quinta feiraenviou um ofício à CBF levantando suspeitas sobre o árbitro Sandro Meira Ricci.
- A ANAF resolveu protocolar uma notícia contra o presidente da Ferj, senhor Rubens Lopes, em virtude do site da Ferj, nos últimos dias, colocar situações de desconfiança, de perseguição, no meu entender, contra o Sandro Meira Ricci, o Roberto Braatz e o Alessandro (Rocha Matos). Um árbitro da Fifa e dois assistentes. Então, peço para o STJD, para a procuradoria, averiguar possíveis infrações que o Dr. Rubens Lopes incorreu - declarou Bozzano, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Após o gol anulado pelo árbitro em um lance polêmico do jogo Vasco x Corinthians, em São Januário, pelas quartas de final da Taça Libertadores da América, Rubens Lopes publicou uma nota no site oficial da Ferj levantando suspeitas sobre o alto número de jogos de times do Rio de Janeiro apitados pelo árbitro. Além disso, ele citou o juiz e o assistente Roberto Braatz como “Batman e Robin” da arbitragem.
- São colocações dúbias, irônicas, com ameaças... Isso, no entender da ANAF, está sujeito a verificações pela procuradoria de possíveis infrações ao CBJD (Código Brasileiro da Justiça Desportiva). Tem uma série de artigos: incitar publicamente ódio ou violência, ofender alguém na sua honra... Então, se ele for indiciado, pode sofrer penalizações pecuniárias, de R$ 100 a R$ 100 mil, como a maioria dos casos. Lógico que isso vai depender de uma denúncia da procuradoria e uma análise da comissão disciplinar - analisou Bozzano, afirmando que, a princípio, o trio de arbitragem envolvido na polêmica não vai entrar na Justiça Comum contra o presidente da Ferj.
- A ANAF e os árbitros entenderam, por enquanto, por infrações desportivas.
fonte: globo