Como um 'solista', atacante chama a responsabilidade, desequilibra e quebra tabu: desde 96 o Peixe não tinha o goleador do Paulistão
Por Marcelo Hazan
São Paulo
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Desde 1996, quando Giovanni fez 24 gols, o Santos não tinha um artilheiro isolado no Campeonato Paulista. Mas isso é passado, e como diz o ditado, "quem vive de passado é museu". O goleador do presente é santista e atende pelo nome deNeymar.
Com 20 gols (108 pelo Alvinegro no total), dois deles marcados neste domingo, navitória por 4 a 2 sobre o Guarani, o craque conquistou pela primeira vez a artilharia do estadual. Este é o terceiro prêmio de goleador na carreira do atacante, já líder no quesito na Copa do Brasil (2010) e no Sul-Americano Sub-20 (no ano passado), com a Seleção Brasileira.
Para coroar o brilhante campeonato do camisa 11, o decisivo jogo do tricampeonato santista teve a sua marca. Mais uma vez. Principal destaque do Peixe, como de costume, Neymar foi quase solista na desafinada orquestra alvinegra na final.
- Não imaginava que essas coisas poderiam acontecer na minha vida. Estar repetindo o que o Pelé e tantos outros craques fizeram... A gente está chegando perto do que eles fizeram. Esse time vai fazer história! - disse, emocionado.
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Sem o maestro Ganso e todos os demais integrantes em dia inspirado, coube a ele chamar para si a responsabilidade de tocar a música do tri no Morumbi.
Um minuto e oito segundos separaram o primeiro apito de Paulo César de Oliveira até o gol do Santos. Parece pouco, mas é mais do que suficiente para Neymar. Em seis toques na bola, ele abriu espaço, enfiou belo passe para Elano e viu Alan Kardec abrir o placar.