sexta-feira, 3 de abril de 2009

Messi diz que é "impossível" jogar na altitude de La Paz


O meia-atacante Lionel Messi afirmou nesta quinta-feira que é "impossível" jogar na altitude de La Paz, onde a Argentina foi goleada por 6 a 1 pela Bolívia, na última quarta, em partida das Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2010.






"Acho que é impossível atuar lá, embora outros consigam. Mas isso não pode ser uma desculpa para a derrota", afirmou o jogador do Barcelona diretamente do aeroporto de Buenos Aires, minutos antes de viajar à Espanha.
"Não esperávamos perder dessa forma. Foi ruim jogar em La Paz, mas para eles estava tudo bem. Ficamos tristes, mas temos de seguir adiante, pensar nas boas atuações da seleção e corrigir os erros", comentou o camisa 10 argentino.
Destaque da goleada por 4 a 0 do último sábado sobre a Venezuela, em Buenos Aires, Messi passou em branco no jogo contra a Bolívia.

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Dassler Marques
A rodada dupla de Eliminatórias Sul-Americanas foi sintomática para os argentinos. Entre sábado e quarta-feira, a equipe comandada por Diego Armando Maradona se dividiu entre a inapelável goleada de 4 a 0 sobre a Venezuela e um massacre histórico: 6 a 1 a favor dos bolivianos, em La Paz, que representou a pior derrota da história do país, igualando um resultado idêntico da Copa de 1958.


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Desde o vice-campeonato mundial na Copa de 1990, a rotina da seleção argentina tem sido essa, dividida entre vitórias fabulosas e fracassos retumbantes. Nesse cenário, um dos maiores algozes têm sido os próprios brasileiros, mas ainda há muito mais.


Relembre, nas linhas abaixo, dez grandes fracassos da seleção argentina nas duas últimas décadas:


Eliminatórias 1994 (5/9/93) - Argentina 0 x 5 Colômbia
Com o Monumental de Nuñez lotado, a Argentina assistiu ao seu maior fiasco em várias décadas. A vitória com goleada, por sua vez, transformou os colombianos em sensação do futebol mundial e favoritos para a Copa de 94, o que acabou não durando muito. Mas os dois gols marcados por Rincón, outros dois marcados por Asprilla, e um quinto convertido por Valencia, entraram para a história. Pela forma de disputa das Eliminatórias à época, os argentinos precisaram disputar a repescagem para garantir um lugar no Mundial, justamente, em razão da derrota para a Colômbia.


Copa América de 95 (14/7/95) - Estados Unidos 3 x 0 Argentina
A Argentina ainda vivia o drama pela eliminação na Copa do Mundo de 94 e o doping de Maradona. Na Copa América, no primeiro teste real sob o comando de Daniel Passarela, os argentinos decepcionaram diante da incipiente seleção dos Estados Unidos. Klopas, Lalas e Wynalda deram a vitória aos americanos, empurrando a Argentina para um prematuro confronto com o Brasil nas quartas - melhor para Taffarel, que defendeu duas penalidades e eliminou os rivais.


Copa América de 99 (4/7/99) - Colômbia 3 x 0 Argentina
Quatro anos depois, o filme se repetiu para os argentinos. O jogo contra a Colômbia ainda era válido pela primeira fase, mas serviu para direcionar os confrontos para o mata-mata. No jogo que ficou famoso por Martín Palermo perder três penalidades, os colombianos fizeram três: Ivan Córdoba, Congo e Montaño. Com o segundo lugar do grupo, a Argentina pintou no caminho do Brasil, que fez o seu serviço nas quartas-de-final e caminhou para o título no Paraguai.


Copa do Mundo de 2002 (12/6/02) - Argentina 1 x 1 Suécia
Não pelo resultado em si, mas a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo em 2002 foi um grande fiasco. Favoritos para o título, os argentinos chegaram na Ásia com uma campanha fabulosa nas Eliminatórias: 13 vitórias, 4 empates e só uma derrota, com 43 pontos - o Brasil teve só 30 pontos. Então, depois de vencer a Nigéria na estréia e perder para a Inglaterra, os argentinos precisavam bater a Suécia para avançar, mas um golaço de falta, de Anders Svensson, selou a sorte - ou o azar - da seleção alviceleste.


Eliminatórias 2006 (2/6/04) - Brasil 3 x 1 Argentina
A partida foi válida pelas Eliminatórias da Copa de 2006, mas ocorreu em junho de 2004. Em Belo Horizonte, os brasileiros venceram com autoridade e brilhou a estrela de Ronaldo. Os três gols foram marcados por ele, de pênalti, e deram início a uma série bastante infeliz dos argentinos em confrontos com a Seleção Brasileira.
Copa América 2004 (25/07/04) - Brasil 2 x 2 Argentina - 4 x 2 nos pênaltis


A Argentina vencia a decisão da Copa América por 2 a 1, em Lima. Ironicamente, Tévez e D'Alessandro, que viriam se tornar grandes ídolos de dois clubes brasileiros, prendiam a bola e provocavam os brasileiros, que viviam um momento bastante ruim na partida. No auge de sua forma, Adriano apareceu para resolver, nos acréscimos, e mandar a partida para os pênaltis com um canhão de perna esquerda. Na decisão, Júlio César defendeu a cobrança do próprio D'Alessandro e Heinze também desperdiçou, passando o título às mãos do Brasil.


Copa das Confederações 2005 (29/6/05) - Brasil 4 x 1 Argentina
A camisa verde-amarela seguia no calcanhar dos argentinos em mais uma temporada. Na decisão da Copa das Confederações, na Alemanha, o Brasil brilhou com seu quadrado mágico, especialmente com grande atuação de Adriano, Robinho e Ronaldinho Gáucho. Cicinho foi outro que saiu valorizado da competição. Nem mesmo um gol isolado, no fim da partida, diminuiu a vergonha dos argentinos, então favoritos contra uma Seleção Brasileira que vinha muito mal no torneio.


Amistoso em 2006 (3/9/06) - Brasil 3 x 0 Argentina
Foi apenas o segundo jogo com Dunga e logo depois da Copa do Mundo de 2006. O treinador abdicou de Kaká e Ronaldinho Gaúcho entre os titulares para enfrentar a Argentina em Londres, mas contou com um dia inspirado da defesa e com Elano brilhando na frente, com dois gols. Ainda houve tempo para Kaká sair do banco de reservas, fazer um golaço e provar a sua importância para a Seleção Brasileira, que venceu os argentinos mais uma vez.


Copa América 2007 (15/7/07) - Brasil 3 x 0 Argentina
Um gol de Júlio Baptista, a quatro minutos de jogo, mudou completamente o script da decisão da Copa América, em que os brasileiros vinham em má fase e os argentinos atropelavam os adversários como um rolo compressor. Se utilizando dos contra-ataques, a Seleção Brasileira fez mais dois - com Ayala contra e Daniel Alves. Bastante pressionado, Dunga ganhou fôlego no cargo e maquiou a competição ruim que o Brasil realizava na Venezuela

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Eliminatórias 2010 (1/4/09) - Bolívia 6 x 1 Argentina
Diego Armando Maradona provavelmente se arrependeu do dia em que, jogando futebol com o presidente boliviano Hugo Chávez, disse que a altitude não fazia qualquer diferença. Em La Paz, a Bolívia fez 6 a 1 sobre a Argentina, do agora treinador Maradona, e igualou a pior derrota da história da camisa alviceleste - na Copa de 58, contra a Checoslováquia. Com quatro gols de Joaquín Botero, um de Marcelo Moreno e um de Torrico, foi construído um dos grandes vexames argentinos em todos os tempos.

fonte: terra