Apesar de negar intenção de ofender cruzeirenses, treinador pode ir ao banco dos réus
A procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais pretende analisar as imagens dos gestos feitos pelo técnico do Atlético-MG, Vanderlei Luxemburgo, no clássico do último sábado contra o Cruzeiro, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro, para se decidir sobre uma possível denúncia ao treinador. Após o gol de Roger, o terceiro da Raposa na vitória por 3 a 1 sobre o Galo, Luxemburgo respondeu aos gritos irônicos da torcida celeste batendo no peito e no braço, levando muitos a interpretar sua ação como uma ofensa aos cruzeirenses.
- Se realmente aconteceu, foi uma manifestação desrespeitosa da parte dele (Luxemburgo) e iremos denunciá-lo – declarou o procurador Antonio Augusto Mesquita Fonte Boa, em entrevista ao site “Justiça Desportiva”.
O artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punição de duas a seis partidas para atletas ou treinadores que provocarem o público durante as partidas.
Por conta da repercussão, Luxa, que já trabalhou na Toca da Raposa, chegou a se explicar em seu blog. Segundo o comandante alvinegro, sua intenção não foi ofender os torcedores de seu ex-clube, mas indicar que tem “sangue na veia” e trabalha duro.
"Em momento algum dei uma banana aos torcedores, pelo contrário, bati no braço mostrando que aqui tem sangue na veia e dignidade profissional. Porque hoje eu sou Galo e exercerei minha função com a mesma dignidade e competência que um dia eu ofereci a eles".
