Brasileiro decidiu se naturalizar no ano passado para jogar pela seleção de Portugal. Agora, realiza sonho de infância: marcar num Mundial
Marcar o primeiro gol em uma Copa do Mundo é uma experiência que o atacante Liedson, brasileiro que defende a seleção de Portugal, jamais vai esquecer. Ainda mais um gol numa partida histórica. Nesta segunda-feira, aos 36 minutos do segundo tempo do jogo entre Portugal e Coreia do Norte, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, pelo Mundial da África do Sul, o baiano de Cairu escreveu seu nome na história do futebol lusitano: marcou o quinto dos sete gols da maior goleada da seleção ibérica na história das Copas: 7 a 0.
Liedson atuou em grandes times do Brasil, como Coritiba, Flamengo e Corinthians, antes de se transferir para o Sporting, de Lisboa, em 2003. Desandou a fazer gols e recebeu o convite para jogar pela seleção portuguesa. No ano passado, se naturalizou e passou a ser convocado pelo técnico Carlos Queiroz.
- Marcar um gol em Copa do Mundo é uma sensação muito boa. Nem dá para descrever. É a realização de um desejo de criança. Todo jogador sonha com isso - afirmou o jogador, que comemorou fazendo um 'coração' com a mão.
O fato de ter marcado seu primeiro gol num Mundial por uma seleção que não é a de seu país de origem não é relevante para Liedson.
- Eu estou muito feliz com a decisão que eu tomei e jamais vou me arrepender. Hoje defendo a seleção portuguesa com muito orgulho.
Revezamento com Hugo Almeida
Titular contra a Costa do Marfim, na primeira rodada, Liedson iniciou o jogo contra a Coreia do Norte no banco. Entrou em campo aos 32 minutos, no lugar de Hugo Almeida, e quatro minutos depois fez o seu gol. O jogador não se incomoda por ter perdido a posição nessa partida, pois diz que era algo já previamente combinado.
- O treinado já havia avisado que iria fazer mudanças na equipe de acordo com as características dos adversários. Como a Coreia do Norte tem uma zaga alta, forte e pesada, o Hugo entrou para termos mais um jogador de área. Contra o Brasil, espero voltar à equipe.
FONTE: GLOBO
