Craque do Santos muda cabelo, personalidade, corpo e técnica desde a derrota para o Corinthians na primeira decisão, em 2009
Por Marcelo Hazan
Santos, SP
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Cabelo raspado, moicano discreto, chamativo ou bagunçado. De promessa a maior jogador do futebol brasileiro atualmente. Independentemente das diferentes formas que você já o viu ou o chamou, uma coisa é certa: todos os torcedores tiveram de se acostumar com Neymar nas finais do Campeonato Paulista. É assim desde 2009. Pela quarta vez seguida o craque vai decidir o estadual, começando neste domingo, às 16h, contra o Guarani, no Morumbi.
Muita coisa mudou desde a primeira decisão do "Senhor Paulistão". Visual, corpo, habilidade, técnica e, principalmente, seu status. Se hoje Neymar é unanimidade nacional dentro de campo e alvo dos mais variados públicos fora dele, antes tudo era bem diferente.
Para relembrar tudo isso, o GLOBOESPORTE.COM voltou no tempo. E comparou a "promessa santista" que perdia sua primeira final diante de Ronaldo com o consagrado popstar de hoje. A evolução é surpreendente.
Neymar era apenas um menino de 17 anos quando viu o arquirrival Corinthians do Fenômeno, seu ídolo, desbancar o Santos. Primeiro na Vila Belmiro, com um incontestável 3 a 1, depois no Pacaembu, com o empate por 1 a 1 que garantiu o título estadual ao Timão. O então menino franzino, chamado de sucessor de Robinho, sucumbiu com os 1,68m de altura e 54 kg sem incomodar.
- Em 2009, estava muito nervoso por enfrentar o Ronaldo e outros jogadores. Perdi e cresci bastante com aquela final. Marcou por ser a primeira da carreira como profissional - recorda.
Ainda assim, Neymar já se mostrava diferente. Tanto que foi eleito a revelação do estadual daquele ano.
Entre o então fã de Ronaldo e a atual maior esperança da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014, há 6cm de altura e 11,5 kg de diferença. Parece pouco, mas os resultados e marcas alcançadas nestes anos mostram sua evolução.
Nesse meio tempo, o camisa 11 do Peixe levou novamente o Paulistão na dramática decisão contra o Santo André, em 2010, e repetiu a dose dando o troco no arquirrival Corinthians, em 2011. Sem contar o tri da Libertadores e o prêmio Puskás, de gol mais bonito da última temporada, entre outros títulos e prêmios importantes.
- A segunda marcou por ser meu primeiro título da carreira. E a terceira por vencer uma final contra o Corinthians, na Vila Belmiro - analisa.
De 0,28 gols por jogo em 2009, a média do craque passou para 0,95 atualmente: mais do que triplicou. Os títulos e marcas pelo Santos se multiplicaram, cravando seu nome na história do clube. E sua presença virou obrigação na Seleção de Mano Menezes.
Fenômeno de marketing e de recordes, o jogador segue surpreendendo. Para alegria do torcedor santista, Neymar garante: pode e quer mais.
- É uma evolução constante muito grande. Hoje estou mais maduro e preparado do que nas outras finais. Venho crescendo muito. Todos os dias nesses anos venho aprendendo fisicamente, mentalmente e profissionalmente. Espero vencer e fazer história de novo - deseja.
Com o "Senhor Paulistão" evoluindo constantemente e confirmado contra o Bugre, o Santos aumenta suas chances de repetir o tri de 67 a 69 e garantir o título. Alguém duvida?
fonte: globo