quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nome de rua e orgulho de um povo, Vargas é imortal na chilena La Renca


GLOBOESPORTE.COM vai à comuna em que o atacante surgiu. Pai do jogador abre a casa e a torcida ao Grêmio diante do Huachipato

Por Lucas Rizzatti
Direto de Santiago, Chile
12 comentários
Especial, matéria Vargas no Chile (Foto: Lucas Rizzatti)
Vargas e Brasil: uma relação que, pelo visto, vai
além do futebol (Foto: Lucas Rizzatti)
Eduardo Vargas, o pai, há tempos abandonou a vida de chofer em Santiago, mas a revive por alguns minutos quando encontra a reportagem do GLOBOESPORTE.COM quase que ao acaso, na manhã da terça-feira, numa intervenção de última hora do antenado Francisco Esperidión, 79 anos, um simpático senhor enraizado na comuna La Renca desde 1950. Oferece carona, prontamente aceita, e deixa o futuro ginásio em construção, a ser batizado de Eduardo Vargas, o filho, e ingressa com seu potente carro esportivo na rua de casa, a Avenida... Eduardo Vargas. Não é erro de digitação ou efeito de linguagem. É o exemplo definitivo de devoção a um jogador de futebol.
É tradicional dos povos da América espanhola chamar os bairros de comunas. La Renca, reduto operário e da classe média, encravada em Santiago, é o berço do veloz atacante, que carrega o mesmo nome do pai, citado nas linhas acima. O jogador é esperança gremista para quinta-feira, na decisão de vaga do Grupo 8 com o Huachipato. Os caminhos do futebol, repleto de reviravoltas e escalas em destinos distantes, tiraram La Renca do GPS do camisa 11. Mas o contrário jamais ocorreu.
FONTE: GLOBO