quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vaga ou morte: Grêmio põe em jogo projeto do ano contra zebra chilena


Time de Luxa precisa de um empate para passar às oitavas diante do Huachipato, em Talcahuano. Partida começa às 22h

Por Lucas Rizzatti
Direto de Talcahuano, Chile
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grêmio huachipato estádio cap libertadores (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Jogadores correrão atrás da vaga em solo chileno
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)


O que era para ser um simples jogo de fase de grupos se transformou no mais trepidante mata-mata. E o espírito do confronto entre Huachipato e Grêmio será digno da tradição apotéotica de Concepción, província que abriga a cidade de Talcahuano. Foi nela, por exemplo, que, em 1818, o brigadeiro Bernardo O'Higgin declarou nada menos que a independência do Chile. A partir das 22h (de Brasília) desta quinta-feira, é o estádio CAP que também poderá ser testemunha de outro capítulo importante da região. Repleto de desdobramentos. Só que no futebol. Será classificação ou morte por uma vaga às oitavas de final da Libertadores.
É certo que, deste jogo, sai um dos classificados do imprevisível Grupo 8 - mesmo cenário vale para Fluminense (8 pontos) x Caracas (6), que duelam em mesmo dia e horário. Ao time de Vanderlei Luxemburgo (7), cabe o direito de jogar por dois resultados. Só não pode perder. As manifestações dos jogadores ao longo da semana - estão em solo chileno desde terça - apontam para uma formação mais conservadora e, sobretudo, marcadora. Soma-se ao discurso a prática: Luxa colocará três volantes, deixando Zé Roberto ilhado na armação. Apesar da pressão por uma eventual eliminação precoce, o grupo tricolor primou pela tranquilidade, desde o hotel até os campos de treinamento.
O mesmo clima positivo vale para o Huachipato (7 pontos, saldo inferior), que vive, no entanto, esse momento de decisão sob outra perspectiva. Para o Grêmio, histórico seria cair da Libertadores tão cedo e passar uma inglória borracha no "Projeto Libertadores", termo utilizado pela direção a fim de dimensionar a importância do campeonato. Aos chilenos, o contrário. Só atuaram neste torneio em 1975, eliminados na fase de grupos. Até sua torcida, sempre tão ausente, mal conseguindo ocupar metade da capacidade do CAP, desta vez vai lotar o pequeno mas simpático caldeirão: serão 10 mil vozes, motivadas por uma promoção de ingressos, em que um valia por dois. O time ainda não venceu em casa, perdendo os dois confrontos até aqui.
Martin Vazquez apita a partida. Ele será auxiliado por Miguel Nievas e Nicolas Taran, todos do Uruguai. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances da partida em Tempo Real.
FONTE: GLOBO