Jogador do Vasco foi agredido no Complexo da Maré, no último domingo, porque teria se envolvido com mulher de traficante.
Clube declara apoio
739 comentários
O apoiador Bernardo
tomou um enorme susto no último domingo, dia 21. O jogador do Vasco foi
sequestrado e agredido por traficantes dentro do Complexo da Maré. O
motivo teria sido o seu envolvimento com Dayana Rodrigues, supostamente
uma das mulheres de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, líder do
tráfico no local.
Bernardo e Dayana teriam sido flagrados por bandidos na Favela Salsa e
Merengue, e de lá levados para uma casa na Vila do João, onde teriam
sido deixados nus, amarrados com fita crepe, torturados com choques
elétricos e espancados.
Dayana levou sete tiros nas pernas, foi libertada e atendida no Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador. De lá seguiu para o Hospital Souza Aguiar, onde permaneceu até esta quinta-feira. O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha do Governador) sob o registro de ocorrência 037-02705/2013 e está sendo investigado pela 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso).
Dayana levou sete tiros nas pernas, foi libertada e atendida no Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador. De lá seguiu para o Hospital Souza Aguiar, onde permaneceu até esta quinta-feira. O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha do Governador) sob o registro de ocorrência 037-02705/2013 e está sendo investigado pela 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso).
Caso envolvendo Bernardo está sendo investigado pela polícia (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
Bernardo informou o Vasco sobre o crime também nesta quinta. O diretor Renê Simões confirmou que conversou com o atleta.
- Falei com o Bernardo há pouco tempo, e a nossa prioridade é dar apoio
total ao jogador. Claro que o Vasco não quer ver seu nome envolvido em
qualquer coisa que não seja da esfera desportiva. Mas entende que o
atleta deve receber suporte do clube em qualquer situação, enquanto os
procedimentos legais são tomados - disse.
A polícia recebeu a informação de que Bernardo estaria acompanhado de
dois outros jogadores - um de um time carioca, e o outro de um time
paulista, ambos criados na Maré. Um deles teria "salvado" Bernardo,
argumentando com os traficantes que, se o jogador morresse, "a favela
teria UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no dia seguinte".
Bernardo está em recuperação de uma lesão no joelho e tem cirurgia
marcada para o dia 1º de maio. A previsão é de que ele só retorne aos
gramados no fim do ano. René Simões não quis antecipar se o episódio
ocorrido fora de campo pode resultar em multa disciplinar ao jogador,
que tem contrato com o Vasco até 2015.
- Uma coisa é o contrato de trabalho CLT, a outra é o contrato de
imagem, que no caso do Bernardo não existe. Primeiro é preciso pensar no
lado humano, e depois, no jurídico. Como tomamos conhecimento hoje,
ainda não conversei com os advogados do clube - explicou.
fonte: globo