quinta-feira, 6 de novembro de 2008

André Luiz não teve controle emocional, diz Ney Franco


Mais uma vez faltou controle emocional ao Botafogo. Essa foi a análise do técnico Ney Franco após o empate por 2 a 2 do clube carioca com o Estudiantes, da Argentina, na última quarta-feira. O resultado eliminou o time alvinegro nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana e chamou a atenção pelo zagueiro André Luís, que em um momento de descontrole tomou o cartão amarelo das mãos da arbitragem e foi expulso.






"Ele não teve o controle emocional", destacou o treinador, que desviou o foco da já conhecida catimba argentina. Para Ney Franco, o problema foi outro: a dificuldade que os brasileiros têm para se comunicar com os árbitros escolhidos pela Confederação Sul-Americana (Conmebol) para apitar os jogos. "Nós, brasileiros, temos esse grave problema na Copa Sul-Americana: como único país de língua portuguesa, enfrentamos árbitros com os quais a comunicação é difícil e somos mau-interpretados. Hoje jogamos duro como o adversário", avaliou.


Precisando fazer três gols para se classificar à semifinal da competição, o time acabou balançando depois de sofrer 2 a 0 do Estudiantes ainda no primeiro tempo. Mais tarde, o clima esquentou em campo com expulsões e princípios de confusão. O elenco reconheceu as falhas, mas minimizou a influência disso na eliminação do time.


"Catimbar, todo mundo faz e fazer isso vencendo é fácil. Mas eles tiveram mérito para isso", disse o meia Carlos Alberto, que ainda tentou provar que não houve influência: "Quando falam de time argentino, sempre vão citar catimba. Mas o Verón não expulsou ninguém. O André Luis foi expulso por outro motivo", avaliou.


O lance em que o zagueiro botafoguense recebeu o cartão vermelho foi um dos mais incomuns da competição: após fazer dura falta no meio-de-campo, recebeu o segundo amarelo, mas, muito nervoso, revoltadamente tirou o cartão da mão do árbitro. Foi expulso depois de devolver o artefato.


"Sobre o lance do André Luiz, as pessoas que estão de fora vão falar que ele é maluco, mas vamos nos colocar no lugar dele uma vez, neste nervosismo da partida. O que eu posso falar para ele é força e que ele é um guerreiro", continuou o meia botafoguense.
Gazeta Press

fonte: terra