Para técnico dos Bafana Bafana, seleção francesa irá buscar uma partida que honre a participação na Copa do Mundo da África do Sul
Parreira não acredita em vantagem sul-africana(Foto: João Paulo Garschagen / Globoesporte.com)
Na última coletiva do técnico Carlos Alberto Parreira antes da partida entre França e África do Sul, que acontecerá nesta terça-feira, às 11h (de Brasília), no estádio Free State, em Bloemfontein, o treinador comentou a grave crise que vive o adversário dos Bafana Bafana na última partida da fase de grupos da Copa do Mundo.
O treinador brasileiro se mostrou surpreso com a dimensão que tomou o problema envolvendo jogadores experientes e a Federação Francesa de Futebol, mas disse que não espera que a crise irá facilitar as coisas para os sul-africanos na partida.
- A crise da França vem se desenrolando desde as eliminatórias, quando ficou claro que havia um conflito entre treinador, comissão técnica e jogadores. Mas o que aconteceu não afeta no campo. Pode afetar fora, as notícias percorrem o mundo, mas acredito no senso de profissionalismo dos jogadores franceses – declarou Parreira.
Mokoena: 'Crise francesa não tem a ver onosco'(Foto: Agência Reuters)
O zagueiro e capitão da equipe Aaron Mokoena alinhou seu discurso ao do técnico.
- Como time, como jogadores, estamos focados na nossa tarefa e aquilo que está acontecendo no time francês não tem a ver conosco. Temos que estar preparados – declarou o defensor do Portsmouth, da Inglaterra.
No domingo, um dia depois do atacante Nicolas Anelka ser cortado da seleção francesa por ter discutido asperamente com o técnico Raymond Domenech, os jogadores boicotaram o treino e anunciaram a insatisfação com a decisão da FFF. O capitão Patrice Evra e o preparador físico Robert Duverne se estranharam no campo e, em seguida, o vice-presidente da federação, Jean-Louis Valentin, pediu demissão.
Apesar da tragédia francesa, o treinador acredita que os comandados de Raymond Domenech irão buscar uma vitória que honre a participação na Copa do Mundo dos campeões de 1998.
- É importante para eles ganharem o jogo. Estão representando o país, estão sendo visto pelo mundo todo. É uma coisa negativa, sim, mas não podemos levar isso a nosso favor porque na hora que a bola rola isso não entra em campo – repetiu o brasileiro.
Crise na França: Carlos Alberto Parreira disse que não tem como avaliar o que faria no lugr de Domenech(Foto: Reuters)
Questionado sobre a forma como gerenciaria o problema se fosse o técnico dos Bleus, Parreira usou um ditado popular espanhol para se posicionar.
- Falar do toureiro é uma coisa, tourear é outra – disse em meio a risadas - Não sou o técnico francês e sei que é fácil comentar de fora, sem viver a situação interna. Acho que não é uma situação confortável para jogadores e técnico. Não esperávamos que, em uma Copa com tanta visibilidade, o problema fosse capaz de chegar a esse ponto.
A conturbada França encara a África do Sul nesta terça-feira, às 11h (horário de Brasília), no estádio Free State, em Bloemfontein.
fonte: globo
