Senhora foi quem sugeriu aos pais do meia que o colocassem em escolinha de futebol. Deu certo, porque agora está no Inter de Milão e Seleção
É tudo culpa da Dona Didi. Foi essa senhora, do bairro Rocha, na zona norte do Rio de Janeiro, quem convenceu Zé Carlos e Esmeraldina a colocarem o filho em uma escolinha de futebol. O garoto tinha apenas seis anos quando isso aconteceu. Mas agora, com 18, ele já começa a colher os frutos. E muito bem. Philippe Coutinho, cria do Vasco, está agora no Inter de Milão e na Seleção Brasileira.
Tímido, com cara de adolescente e com poucos fios de barba no queixo, o meia gostaria de ter a oportunidade de agradecer Dona Didi, a vizinha que insistiu com os seus pais para que o moleque se tornasse jogador. O problema é que essa senhora e o neto Artur, amigo de Coutinho, se mudaram e ninguém sabe onde eles estão. Portanto, o jogador do Inter de Milão tem um recado.
- Nunca mais tivemos contato. Acho que ela nem deve saber que estou crescendo no futebol. Eu acharia bem legal se pudesse encontrá-la. E o Artur também. Por isso se alguém que me conhece ou os conhece pode pedir para entrar em contato com os meus irmãos, Cristiano e Leandro, na mesma rua que morávamos na infância – pediu Coutinho, que deve ser titular no jogo-treino com o Barça B.
Se fosse preciso de um retrato falado de Dona Didi, Philippe Coutinho não teria problemas em colaborar. A lembrança da avó do amigo está viva em sua mente.
- Era uma senhora baixa, de cabelo branco, bem velhinha e que usava óculos. Era uma pessoa superlegal. Estava sempre em casa para buscar o Artur, um amigo que estava sempre em casa brincando comigo – relatou o meia do Inter de Milão.
Ainda bem, então, que Zé Carlos e Esmeraldina, pais de Philippe, ouviram os conselhos de Dona Didi. Rapidamente o garoto foi parar no Vasco e agora já está em um grande clube da Europa. As boas notícias não param por aí. Chamado por Mano Menezes para a Seleção Brasileira, ele é uma das promessas para 2014.
(Foto: Divulgação / CBF)
- Eu estava no banho quando escutei meu pai falando que tinham ligado. Eu quase não acreditei. Fiquei feliz demais – comentou o garoto, namorado de Aine, 17.
Coutinho parece um jogador diferente. Diz não gostar de baladas, de bebidas ou de baderna. Considera-se uma pessoa caseira, que prefere ficar com a família e a namorada a sair para festejar. O samba e o pagode, como todo atleta do futebol, fazem parte de sua lista de sons. Até mesmo no time da Mangueira ele jogou.
- Eu joguei muito pequeno no time da Mangueira, mas até hoje eu torço pela escola de samba – finalizou o garoto, lembrando de passagem pelo futebol de salão lá.
fonte: globo