quinta-feira, 25 de março de 2010

De virada, África do Sul vence a Ponte Preta e continua invicta em excursão

Embora tenha sofrido o primeiro gol em seis jogos, time de Parreira, xingado por parte da torcida, conseguiu mais um triunfo no Brasil


De virada, a África do Sul bateu a Ponte Preta por 2 a 1, em Campinas

A África do Sul levou um susto, mas conseguiu a reação e se manteve invicta na excursão que está fazendo no Brasil. Na tarde desta quinta-feira, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, o time comandado pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira venceu a Ponte Preta por 2 a 1, de virada, com gols de Moriri e Schalkwyk. O gol da Macaca foi marcado por Reis. Aliás, foi ele o responsável pelo primeiro gol sofrido pela seleção sul-africana nos últimos seis jogos. Na partida desta tarde, a torcida do time campineiro marcou presença. Alguns deles, por sinal, xingaram o Parreira, campeão do mundo com o Brasil em 1994 e técnico do fracasso de 2006.

Antes de viajar para Assunção, onde faz amistoso contra o Paraguai, na próxima quarta-feira, a África do Sul tem um jogo-treino contra o Desportivo Brasil, em Porto Feliz, no fim de semana. Quando voltar do Paraguai a São Paulo, o time de Parreira vai para Santos, onde tem marcado uma partida com a equipe da Vila Belmiro.

Correria e ofensa a Parreira

Depois de as duas equipes realizarem 15 minutos de aquecimento, a Ponte Preta pareceu ter aproveitado melhor a preparação e entrou mais forte em campo. Tanto que aos dois minutos de jogou quase abriu o marcador. Marcelo Soares apareceu em boa condição na grande área e chutou de pé direito, tirando tinta da trave.

A seleção da África do Sul, acuada, conseguiu responder apenas aos 10, quando Tshabalala arriscou de fora da área e assustou o goleiro Gustavo. Só que foi do time de Campinas o primeiro gol da partida. Aos 16 minutos, Reis recebeu bom passe na entrada da área e bateu com força, sem chance para o goleiro Khune.

Essa foi a primeira vez nessa excursão pelo Brasil que o time de Carlos Alberto Parreira foi vazado. Mesmo assim, o time sul-africano não se abateu. Logo depois, aos 20, conseguiu o empate. Mphela avançou rapidamente pela direita e fez bom cruzamento para Moriri, que, sem marcação, completou para o fundo do gol.

Os cerca de 400 torcedores da Macaca que compareceram ao estádio não perdoaram: começaram a reclamar a cada passe errado ou chance perdida dos anfitriões. Eles xingaram quando Reis perdeu chance incrível aos 37, e quando a zaga deixou Khuboni quase virar o jogo, mas aplaudiram chute de Renato Gonzalez na trave.

Ao final da primeira etapa, sobrou para Parreira: alguns torcedores da Ponte Preta o chamaram de burro e filho da p...

A virada sul-africana

Para a segunda etapa, as tradicionais mudanças de amistosos: três na Ponte Preta e quatro na África do Sul. E foram os representantes do país da Copa que chegaram com perigo aos 11 minutos. Teko Modise fez boa jogada individual e apareceu na cara do gol. Depois de chutar forte, porém, o goleiro Gustavo fez grande defesa.

Sem a mesma mobilidade da primeira etapa, o jogo ficou mais truncado no segundo tempo. Ponte Preta e África do Sul não conseguiam mais criar chances de perigo. A solução foi apostar nas bolas paradas, mas mesmo assim os goleiros não tiveram tanto trabalho. Impacientes, os jogadores de ambos os lados passaram a fazer mais faltas.

Após os 30 minutos, começou uma sessão bizarra. Dos dois lados. Furadas, pisadas na bola, tropeços... Teve um pouco de tudo. Mas a seleção da África do Sul foi guerreira. Não desistiu. E foi premiada aos 39 minutos. Henyekane fez boa jogada pela lateral esquerda e cruzou para Schalkwyk sacramentar a vitória dos visitantes.

Essa foi a sexta partida da seleção sul-africana nessa excursão no Brasil. Antes havia empatado por 0 a 0 com o Volta Redonda e os reservas do Cruzeiro e vencido Boavista (2 a 0), reservas do Botafogo (2 a 0) e juniores do Fluminense (8 a 0).

ESCALAÇÕES:

Ponte Preta: Gustavo, André Rocha, Evaldo, Renan e Galvão (Buarque); Jackson (Daniel Costa), Galiardo, Manteiga (Diego) e Renato Gonzalez (Marquinho); Reis e Marcelo Soares (Robson). Técnico: Sérgio Guedes

África do Sul: Khune, Gaxa (Nthethe), Khumalo, Sangweni (Booth) e Thwala (Cale); Davids (Jali), Khuboni, Teko Modise (Claasen) e Tshabalala (Mdledle); Moriri (Schalkwyk) e Mphela (Henyekane). Técnico: Carlos Alberto Parreira

Gols: Reis, aos 16, e Moriri, aos 20 do primeiro tempo; Schalkwyk, aos 39 minutos do segundo tempo.