segunda-feira, 5 de maio de 2014

Vasco espera ofertas de arenas contra prejuízo de R$ 120 mil sem torcedores

Clube calcula gastos de R$ 40 mil a cada partida de portões fechados, mas analisa propostas para atuar no Nordeste ou até em Brasília nos últimos jogos de punição

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Rio de Janeiro
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Bombeiros Vasco São Januário (Foto: Raphael Zarko)Bombeiros deixam São Januário após jogo do Vasco sem torcida (Foto: Raphael Zarko)
No próximo sábado, contra o Oeste, o Vasco viverá a última experiência de atuar dentro de São Januário com os portões fechados. Depois do empate com o América-MG e uma vitória sobre o Atlético-GO, o time do interior de São Paulo será o desafio final para a equipe vascaína sem a presença de torcedores no estádio. A diretoria do clube calcula um prejuízo de, pelo menos, R$ 120 mil nessas três partidas - R$ 40 mil, que foi o valor das despesas da estreia contra os mineiros, para cada jogo. Mas a intenção é de certa forma compensar com arrecadação maior em jogos fora do Rio de Janeiro.
O clube ainda tem mais de três jogos da punição imposta pelo STJD, após a briga generalizada nas arquibancadas de Joinville, na última rodada do Brasileirão de 2013. Se num primeiro momento havia uma definição de mandar esses jogos a 100 km de distância, em Volta Redonda, uma boa proposta pode mudar a situação. O vice-presidente de patrimônio do Vasco, Manoel Barbosa, lembra a maior frequência de público e renda quando o clube decidiu jogar em outras praças.
- Tivemos nosso jogo em Manaus com 40 mil pessoas, R$ 2 milhões de renda, mas éramos visitantes. Agora se jogarmos em Volta Redonda seria um lucro pequeno, com R$ 20 mil, talvez. Vamos analisar com a diretoria e o departamento de futebol, mas se encontrarmos uma boa proposta e conseguirmos renda líquida para o Vasco de R$ 500 mil, por exemplo, já faria uma boa diferença - lembrou Barbosa.
Para os jogos sem torcida o clube diminuiu em quase 90% a presença de funcionários no estádio. O vice-presidente de patrimônio cita os gastos fixos de cerca de R$ 10 mil somente com quadro móvel - plantão de eletricista, bombeiro hidráulico, advogado e mais outros funcionários do clube -, além de outras despesas obrigatórias.
- Em jogo normal, nossas despesas passam de R$ 50 mil. Temos, por exemplo, 22 fiscais de público, 24 pessoas, uma em cada banheiro, entre outras coisas, como um maior consumo de luz. Mas sem torcida ainda temos todas as taxas obrigatórias, como da Ferj, dos bombeiros, da polícia - disse o vice-presidente.
O Vasco atua contra Sampaio Correa, Portuguesa e Santa Cruz fora de casa, como mandante, ainda devido à punição do STJD. O clube faz, porém, uma partida em São Januário e com torcida nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), pela Copa do Brasil. É o jogo de volta contra o Treze, da Paraíba, e não há penalidade para esta outra competição. As portas estarão abertas aos torcedores do clube que comprarem ingressos disponíveis a partir desta segunda-feira.
FONTE: GLOBO