segunda-feira, 1 de março de 2010

Figueroa ainda espera por notícias da família do pai, em Concepción

Lateral-direito afirma que conseguiu ouvir a voz da irmã, mas ainda não sabe como estão outros parentes, após terremoto no Chile

Figueiroa dá entrevista enquanto seu filho sorri para a câmera. Garoto é o 'tradutor' do pai

O lateral-direito Figueroa está, em parte, mais aliviado pelas notícias que recebeu do Chile. O atleta do Palmeiras afirmou que conseguiu ouvir a voz de sua irmã, em Concepción, com o auxílio de uma cunhada que está em Santiago, no sábado. Segundo ele, todos estão bem, mas ainda faltam notícias dos familiares ligados ao seu pai.

Na madrugada do último sábado, o Chile foi vítima de um terremoto de 8,8 graus na escala Richter. Concepción, cidade do atleta, foi a área mais afetada pelos tremores.

- Usamos dois rádios para conversar. Minha cunhada colocou um deles no telefone e pude ouvir a voz da minha irmã. O que nos preocupa é a família do meu pai, pois não temos notícias deles. Eles estão sem comunicação, luz e água. Somente uma ponte está transitável na cidade e ela é usada apenas por carros de emergência – contou Figueroa.

Ansioso por notícias, o jogador, que se recupera de uma tendinite no joelho esquerdo, afirmou ter pensado em viajar ao Chile para ficar próximo dos familiares. Desistiu depois que teve contato com a irmã.

- Está tudo complicado lá. Nosso medo é porque a família do meu pai mora em uma região perto do mar e do rio Bio Bio. Mas minha confiança em Deus está acima das minhas emoções. Antes estava mais ansioso, mas agora estou menos. Não posso fazer nada além de pedir a Deus que ajude a minha família e ao Chile.


Enquanto concedia entrevista, Martin, filho do atleta, brincava sem se preocupar com os problemas em seu país. Mais fluente em português que o pai, o menino de oito anos aproveitava o tempo para andar de skate, no momento em que Figueroa explicava as condições de seus familiares no Chile. E só parava para ajudar nas traduções.

- Ele (Martin) vê as coisas, mas não entende direito o que acontece. É até melhor assim...

fonte: globo