Queda na Liga dos Campeões obriga os gigantes espanhóis a se mexerem na reformulação dos elencos. Contratações e dispensas são discutidas nos dois clubes
Leonardo Pereira e Raphael Martins - 02/05/2013 - 18:39
Rio de Janeiro (RJ)
As eliminações de Barcelona e Real Madrid perante os alemães
Bayern de Munique e Borussia Dortmund puseram um ponto de interrogação
com relação ao planejamento dos dois gigantes espanhóis. Mudanças estão
na ordem do dia, e passam necessariamente por dispensas, contratações e,
no caso do Real Madrid, uma troca de treinador.
Na Catalunha,
onde a eliminação do Barcelona foi sentida de forma mais contundente com
um placar agregado de 7 a 0 para o Bayern, as notícias sobre chegadas e
saídas de jogadores tomam conta do noticiário.
Já é certo que o
goleiro Valdés não permanecerá, e o Barça estuda nomes para
substituí-lo. Nos últimos dias, o esloveno Handanovic, da
Internazionale, ganhou força. O espanhol De Gea, do Manchester United, e
o holandês Vorm, do Swansea, também foram nomes citados.
Por
falar em Handanovic, o goleiro poderia entrar em uma troca com a Inter.
Os italianos estão interessados no atacante chileno Alexis Sánchez, que
desde a sua chegada ao Barcelona em 2011 é contestado.
Outro
atacante na berlinda é Villa. A torcida não está satisfeita com o
rendimento do jogador, que custou aos cofres do Barça 40 milhões de
euros em 2010.
Ofensivamente o nome mais falado em Barcelona para
reforçar a equipe é o atacante Neymar, do Santos. Diários como "Mundo
Deportivo" e "Sport" publicam quase que diariamente a possibilidade da
Joia desembarcar em breve na Liga Espanhola. Alguns inclusive especulam
que isso pode ocorrer na próxima janela de transferências, logo após a
Copa das Confederações.
O lateral-esquerdo Abidal, que se
recuperou de um câncer no fígado é outro com o futuro em xeque. Sua
condição física ainda debilitada o impede de desenvolver plenamente o
seu futebol. O francês deve pendurar as chuteiras e se tornar uma
espécie de embaixador do clube catalão.
Pelos
lados do Real Madrid a mudança mais impactante deverá ser a saída de
José Mourinho. Logo após a eliminação para o Borussia Dortmund, na
última terça-feira, o português disse que não se sente amado na Espanha e
que na Inglaterra há uma equipe que o considera especial. Esta equipe é
o Chelsea.
Se ocorrer, a saída de Mourinho pode ocasionar uma
debandada de jogadores que o apoiam no conturbado vestiário merengue. Um
deles, segundo a imprensa inglesa, é o volante Xabi Alonso, que
seguiria Mou rumo ao Chelsea. O outro seria o astro Cristiano Ronaldo,
que pode ser disputado por PSG e Manchester United.
Na França e na
Espanha o nome mais comentado para ocupar a lacuna deixada por Mourinho
é o italiano Carlo Ancelotti. As mesmas notícias indicam que o
treinador do PSG levaria consigo para Madri o volante italiano Verratti.
Forte
também é a especulação em torno do meia Bale. O próprio ex-jogador
Zidane, que atualmente é dirigente do clube espanhol, deu a entender que
o galês do Tottenham será uma das negociações mais caras da próxima
janela de transferências. Sua cotação seria de 60 milhões de libras.
A
margem de todo esse processo continua o meia Kaká. Reserva no time do
Real Madrid, o brasileiro até poderá ganhar mais chances com a saída de
Mourinho. A chegada de Ancelotti, que trabalhou com o brasileiro no
Milan, seria uma possibilidade do jogador dar a volta por cima.
As cartas estão em cima da mesa. A questão é saber para onde serão distribuídas.
Com a Palavra - Santi Nolla - Editor do Mundo Deportivo (ESP)Agora, o Barcelona precisa encerrar logo a Liga Espanhola para ter mais tempo para pensar as decisões para a próxima temporada. O time alcançou a semifinal da Liga dos Campeões da Europa seis vezes consecutivas. Manter o padrão de jogo desta trajetória vitoriosa será muito complicado. O estilo da equipe está muito repetido. Faltam mais craques para este elenco. O resultado de quarta corrobora esta tese. Só com grandes jogadores o Barcelona pode recuperar a hegemonia.
Com a Palavra - Alfredo Relaño - Editor do AS (ESP)
O Real Madrid pode ganhar a Copa do Rei, mas não estará satisfeito. O objetivo – a Liga dos Campeões – não foi cumprido mais uma vez. A situação é mais clara do que a do Barcelona. O clube tem que dar por encerrado o assunto José Mourinho. Esperamos que o Chelsea dispute a Champions, condição para contratar Mou. Tem que pensar agora em Carlo Ancelotti, um treinador menos midiático, menos “rebelde”, e que acata as ordens presidenciais. O português teve três chances e não conseguiu a décima Liga.
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FONTE: LANCE