Com quatro meses, treinador conquistou o primeiro título frente a um clube
Dunga enfim sorriu. Deixou de lado o semblante sisudo e deu lugar a uma
faceta pouca vista no dia-dia de Inter, a de alegre, simpático, paizão.
O treinador comemorou o título do Gauchão, conquistado com a vitória
nos pênaltis sobre o Juventude, neste domingo, no Centenário, junto com
os jogadores.
Na verdade, Dunga foi carregado nos braços e lançado para o alto.
Voltou desconcertado para o gramado, orgulhoso pelo carinho e respeito
do grupo de jogadores.
- No momento de trabalhar, nós trabalhamos. Quando há espaço para
brincar, a gente brinca. O mais gratificante é ter esse carinho e o
respeito da comissão técnica. Nós trabalhamos em uma união muito boa –
destaca, em uma coletiva improvisada no campo, antes da antes mesmo da
entrevista oficial.
Dunga é carregado pelos jogadores após o título (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)
Dunga evitou entrar no mérito de “ter o grupo na mão”. Mas destacou o
fato de respeitar cada atleta, mesmo que não esteja sendo utilizado.
- Sempre passamos para eles que a decisão de escalar é minha. Por isso,
trato todos da mesma forma. No primeiro turno, precisamos do Ygor,
Josimar, Gilberto... É importante respeitar e dar condições de trabalho
para todos. É respeito pelo profissional. Todo mundo é cobrado –
complementa.
O treinador também elogiou o comprometimento do grupo colorado. Por isso, se sente em sintonia com a delegação toda.
- Trabalha comigo quem tem comprometimento e quer trabalhar. Quem tiver
dentro do grupo do Inter precisa se entregar. Somos bem remuneramos,
estamos em um grande clube. Trabalhamos duas ou três horas por dia?
Então precisa ser em alto nível – explica.
Com quatro meses frente ao Inter, Dunga conquistou o primeiro título
como treinador de um clube. E de forma antecipada. Como o Inter já havia
levado a Taça Piratini, não houve necessidade de uma “super decisão”,
em duelos de ida e volta.
