Ídolo vascaíno, que completou 37 anos esta semana, espera convite oficial do clube para trabalhar como auxiliar no Vasco. Dívida com "Maestro" deve ser recomposta
Felipe beija a cruz de malta no último título: a Copa do Brasil de 2011 (Foto: Agência Estado)
Se não tem Juninho, que declinou de convite para treinar o Vasco, ao menos pode ter outro ídolo: Felipe. O ex-jogador, que completou 37 anos esta semana, deve voltar para o Vasco junto com Joel Santana. O técnico e a diretoria do clube se reúnem esta noite para fechar a quinta passagem do veterano treinador por São Januário. A surpresa é o convite para o ex-jogador Felipe, que se aposentou dos gramados no fim do ano passado. Pode ser a primeira experiência do "maestro" depois de parar de atuar.
No início do ano, após anunciar aposentadoria, Felipe comentou que ainda poderia exercer a função de treinador. O ídolo esteve perto de voltar ao Vasco, mas as negociações não avançaram e ele preferiu encerrar a carreira. O eterno camisa 6 vascaíno foi assistir a algumas partidas em São Januário. O retorno de Felipe deve contribuir também para uma recomposição da alta dívida do clube com o ex-atleta. Entre salários e direitos de imagem, o Vasco devia R$ 1,1 milhão, segundo balanço financeiro de 2013.
- Acho que posso exercer outra função, como treinador. Tenho boa leitura de jogo e nesse último ano conversei muito com Vanderlei (Luxemburgo). Ele é muito bom, sabe como mudar uma partida. Acho que sou parecido. Acho que seria um bom técnico - disse Felipe no início do ano, após anunciar o fim da carreira. À época, ele até brincou que seria da comissão técnica de Cristóvão Borges, que depois foi parar no Fluminense.
O caso de Felipe é semelhante ao de Joel. O técnico conseguiu bloqueio do Vasco recente e recebeu cerca de R$ 800 mil. O valor é referente a um débito de sua última passagem. O clube assinou confissão de dívida que serviu de instrumento para ação do técnico em 2010. No início, o débito total era de R$ 840 mil. Com a outra passagem – Joel treinou o Vasco em 2000 e depois voltou em 2004 –, após pagamentos de algumas parcelas, a dívida chegou a quase R$ 900 mil. A gestão de Dinamite pôs em dúvida a prova do treinador, baseada em confissão de dívida assinada pela diretoria do ex-presidente Eurico Miranda. Mas assim como no caso de Romário, que ainda tem a receber do Vasco mais de R$ 10 milhões, a Justiça deu ganho de causa a Joel.
fonte; globo