Com duas penalidades nos 90 minutos, rubro-negros vencem e conseguem vaga com cobrança chorada de Canteros e defesas de Paulo Victor
O que parecia impossível, o Flamengo e sua torcida fizeram virar realidade no Maracanã. Com dois pênaltis convertidos por Alecsandro e um gol de Eduardo da Silva, o clube devolveu o placar de 3 a 0 aplicado pelo Coritiba no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, no Couto Pereira, e levou a decisão da vaga para a disputa de pênaltis. Um verdadeiro teste para cardíacos. Vanderlei pegou três cobranças. Paulo Victor, duas. Mas os paranaenses mandaram duas bolas na trave, e coube ao argentino Canteros a cobrança que colocou o clube da Gávea nas quartas de final para enfrentar o América-RN.
O Coritiba, que passa a se dedicar exclusivamente a deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, deixou o estádio reclamando da arbitragem. As polêmicas foram o segundo pênalti – inexistente, segundo o comentarista de arbitragem da TV Globo Renato Marsiglia – e o lance que originou o terceiro gol rubro-negro, com uma falta do zagueiro Chicão no meio Alex.
Flamengo e Coritiba entraram em campo sem esconder a prioridade à competição por pontos corridos. Os dois times já estiveram na lanterna do Brasileirão e, embora os rubro-negros hoje já estejam em situação menos desconfortável na tabela, ambos pouparam atletas na partida desta quarta-feira, pela Copa do Brasil, de olho nos pontos do fim de semana. Os paranaenses foram ao gramado sem sua principal estrela, Alex, e sem Robinho, enquanto os cariocas entraram sem Léo Moura, Marcelo, Wallace e Éverton. Os dois últimos não precisariam ser poupados, já que terão de cumprir suspensão contra o Grêmio, no sábado. Mas o técnico Vanderlei Luxemburgo optou por observar possíveis substitutos. Durante a partida, contudo, Léo Moura, Éverton, Alex e Robinho acabaram sendo utilizados.
O Flamengo partiu para cima logo nos primeiros minutos, tentando pressionar o Coritiba, ciente de que teria de reverter o 3 a 0 sofrido no Couto Pereira. Conseguiu uma chance logo no primeiro minuto, mas logo ficou evidente que a criatividade não é o forte do time, que insistia em tentativas de cruzamento pela esquerda já bem vigiadas pelos defensores. Já o Coritiba se fechava e aguardava boas chances para contra-atacar.