Erotokritou mostra confiança em bom resultado 'ao menos em casa' diante do Real Madrid, elogia brasileiros do clube e lamenta ausência de Manduca
Phivos Erotokritou visitou o Estádio Santiago Bernabéu pela primeira vez há dois anos como turista. Presidente do Apoel desde 2008, ele estava em Madri para a partida contra o Getafe na qual time cipriota acabou derrotado pelas eliminatórias da Liga Europa. Aproveitou para encontrar os filhos que estudam na Inglaterra e conhecer o estádio e o museu do clube mais vitorioso do futebol europeu. Na próxima semana, Phivos estará novamente no Bernabéu. Mas desta vez para ser recebido pelo presidente do Real, Florentino Pérez, para assistir ao jogo de volta entre o seu time e os merengues pelas quartas de final da Liga dos Campeões. Uma realidade ainda difícil de acreditar, assim como o fato de que o Apoel recebe a equipe de Cristiano Ronaldo, Kaká, Mourinho e companhia nesta terça-feira em Nicósia.
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- O que aconteceu foi um verdadeiro milagre - disse Phivos Erotokritou ao GLOBOESPORTE.COM no escritório que há um ano virou sede do Apoel, na capital cipriota Nicósia.
- Não há outra palavra para definir como nós, um clube pequeno, pudemos chegar onde chegamos enfrentando equipes muito mais ricas.
A folha de pagamento do Apoel passa longe até da realidade dos grandes clubes brasileiros. O clube gasta R$ 1.8 milhões por mês com todo o seu elenco. Praticamente o mesmo que o Flamengo desembolsa apenas com Ronaldinho e Vagner Love. No caso do adversário Real Madrid, a comparação fica ainda mais desigual. O salário anual de Cristiano Ronaldo (R$ 70,3 milhões) é três vezes maior do que o de todos os atletas do Apoel juntos.
Distribuidor internacional de armas russas - "de caça", faz questão de esclarecer -, o dirigente diz que começou a trabalhar no Apoel porque ninguém mais queria tomar conta do clube. Aliás, nem ele mesmo pretendia assumir o cargo. Em entrevista exclusiva, ele elogia os seis brasileiros do clube, diz que não imagina o Apoel contando com algum jogador do lado turco do Chipre, país dividido desde 1974, e fala sobre a confiança em superar o Real Madrid - "ao menos dentro de casa".