Atacante é hostilizado no desembarque do Tricolor, no início da tarde desta quinta-feira, após eliminação com pênalti perdido para o Cruzeiro, na Libertadores
"Pipoca, vai embora do São Paulo, filho da p..."
Esses foram alguns dos xingamentos que Luis Fabiano ouviu no retorno da delegação de Belo Horizonte, onde o Tricolor foi eliminado pelo Cruzeiro, nas oitavas de final da Taça Libertadores, após derrota por 1 a 0 no tempo normal.
O agitado desembarque da delegação no Aeroporto de Congonhas, na tarde desta quinta-feira, foi marcado por protestos contra a maioria dos atletas e apoio a Rogério Ceni. O goleiro pegou dois pênaltis e converteu sua cobrança, mas o time perdeu por 4 a 3.
A queda nas penalidades, com erro do centroavante, parado pelo goleiro Fábio, deixou os torcedores irritados. Assim, ele foi o principal alvo da revolta dos são-paulinos.
Fabuloso rebateu torcedores no desembarque (Renato S. Cerqueira/FUTURA PRESS)
- Estou tranquilo. Tenho experiência suficiente para aguentar toda a pressão. Se tiver de cumprir o meu contrato, vou cumprir sem problema nenhum. Os idiotas que me xingam hoje, amanhã vão comemorar meus gols. Hoje, é o sentimento de derrota que prevalece. Mas, com vitórias, tudo muda - afirmou.
Na capital mineira, o camisa 9 explicou que havia perdido duas penalidades diante de Fábio e por isso tentou mudar o canto da batida, mas novamente não teve sucesso.
Ainda em Belo Horizonte, Luis Fabiano deixou seu futuro aberto no São Paulo. Com contrato até o fim do ano, ele está na mira do Orlando City, dos Estados Unidos, time do amigo Kaká. Dificilmente a direção renovará seu vínculo.
- Já passei por vários momentos difíceis e esse é mais um. Sinceramente, se tiver de cumprir contrato, vou cumprir, independentemente dos idiotas que me xingam - finalizou.
Em 2013, Luis Fabiano também perdeu pênalti na disputa contra o rival Corinthians, pela semifinal do Paulistão. Na ocasião, o Tricolor foi eliminado, no Morumbi. No total, ele soma 204 gols com a camisa do São Paulo e é o terceiro maior artilheiro da história, atrás de Serginho Chulapa (242) e Gino Orlando (233).
fonte: globo