sexta-feira, 29 de maio de 2015

Vice da CBF considera desumano retirada do nome de Marin da sede

Delfim Pádua Peixoto Filho foi quem sugeriu que prédio, adquirido por 70 milhões
de reais e inaugurado em 2014, fizesse homenagem a José Maria Marin

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Rio de Janeiro


Em 4 de junho de 2014, a CBF se mudava para um novo endereço, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A nova sede da entidade custou 70 milhões de reais e recebeu o nome do então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin. A sugestão para homenagem partiu do vice-presidente Delfim Pádua Peixoto Filho e foi aprovada em uma Assembleia Geral. Nesta quinta, o letreiro que exibia o nome foi removido (assista ao vídeo).

Pouco mais de 24 horas após Marin ser preso, sob acusação de ter recebido R$ 20 milhões em propinas em um escândalo que resultou na detenção de outros seis dirigentes da Fifa, a sede da CBF amanheceu sem o letreiro com nome do dirigente. A medida não agradou o vice-presidente Delfim Pádua Peixoto Filho, que também questionou o interesse dos EUA na investigação do caso na véspera das eleições da Fifa.


- Tiraram o nome da sede com a argumentação que se depois não for (culpado) coloca o nome de volta. Isso é um vexame, é desumano (...) Eu não estou pensando em ser presidente da CBF. Eu estou pensando em que o Marco Polo volte, não haja nada contra ele porque é um advogado de respeito - disse. 

Segundo o regulamento da CBF, em caso de vacância do cargo de presidente, quem assume é o vice-presidente mais idoso, no caso José Maria Marin, de 83 anos. Como ele está preso e banido pela Fifa de qualquer atividade ligada ao futebol, o primeiro na linha sucessória passou a ser exatamente Delfim, que tem 73 anos.

Delfim Pádua Peixoto Filho  (Foto: Reprodução SporTV)Vice-presidente da CBF, Delfim Pádua Peixoto Filho critica mudança em nome da sede (Foto: Reprodução SporTV)FONTE: GLOBO