Carcará tentava ser o primeiro campeão do interior em 100 anos do Pernambucano, mas no meio do caminho havia Anderson Aquino, o autor do gol do título coral
No momento decisivo, a camisa pesou. O Santa cresceu. Um herói apareceu. Até a final deste domingo, eram duas derrotas, um empate e nenhum gol marcado em três jogos na temporada. O Salgueiro, algoz desde o ano passado, estava atravessado na garganta do torcedor tricolor. Até Anderson Aquino aparecer. Logo ele, a surpresa na escalação de Ricardinho. Logo ele, absolutamente discreto até o lance decisivo: um golaço aos 24 minutos do 2º tempo. O do 28º título pernambucano da história coral. O quarto caneco nos últimos cinco anos. Mais de 46 mil tricolores fizeram a festa no Arruda. Com o empate sem gols na primeira partida, no Sertão, a vitória por 1 a 0 coroou a campanha do Santa.
Trajetória de início nebuloso e desfecho surpreendente. Como esquecer as derrotas para Sport e Serra Talhada nas primeiras rodadas, ambas por 3 a 0, e a desconfiança em torno de um elenco totalmente reformulado, sob o comando de um técnico ainda em início de carreira. Ricardinho sobe degraus com o título. Do outro lado, o Salgueiro tentava ser o primeiro campeão do interior em 100 anos de história do Campeonato Pernambucano.
SAIBA MAIS
A atmosfera do Arruda - lotado com mais de 50 mil tricolores - não pareceu intimidar o calejado time sertanejo. Num primeiro tempo de poucas oportunidades, o Carcará, em nenhum momento, adotou postura de time pequeno. Precavido, mas consciente de uma proposta de jogo bem definida, fruto do entrosamento construído ao longo de anos.
Anderson Aquino comemora o gol do título tricolor no Arruda (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)FONTE: GLOBO
