O porta-voz da Justiça Federal Suíça, Folco Galli (foto), esclareceu algumas informações declaradas pelo advogado brasileiro de José Maria Marin, Paulo Peixoto, em entrevista ao GloboEsporte.com no dia 12 de agosto. Ele afirmou que o governo americano não é parte no processo de extradição e, portanto, não poderia apelar contra uma recusa do tribunal suíço em extraditar o brasileiro. Ele confirmou, contudo, que se chegar à conclusão de que não há base para a extradição, Marin será liberado imediatamente.
Galli, contudo, contestou a informação de que isso acontecerá nesta semana, qualificando como rumor. Ele também negou que haja uma data limite para que a decisão seja anunciada - Paulo Peixoto falou em 30 de agosto, e que a defesa trabalha com o cenário em que o julgamento ocorra no próximo dia 20 ou 21.
- Antes de tudo, me deixe enfatizar que é um rumor que a FOJ decidirá nesta semana sobre a extradição de José Maria Marin. Não há prazo para a nossa decisão, e divulgaremos um "press release" tão logo tenhamos decidido sobre a extradição. Em segundo lugar, as partes no processo de extradição são a pessoa procurada pelo Estado requerente (neste caso, Marin) e a FOJ.
Galli explicou ainda o que ocorre no caso de uma negativa ou de uma aprovação da extradição do ex-presidente da CBF:
- Se a FOJ chegar à conclusão que os requisitos para a extradição não foram preenchidos, ordenará a imediata libertação de Marin. O Estado requerente (neste caso, os EUA) não é parte no processo de extradição e, portanto, não poderia recorrer contra uma recusa em extraditar. Se a FOJ chegar à conclusão que os requisitos foram preenchidos, concederá a extradição para os EUA. Neste caso, Marin pode apelar na Corte Criminal Federal como também na Suprema Corte, como última instância para recurso.
fonte: globo