sábado, 30 de abril de 2011

Prass sente na pele a proximidade de uma decisão com o Flamengo

Goleiro conta que tem sido bastante apoiado pelos vascaínos na rua, mas também tem que driblar alguns torcedores rubro-negros provocadores

Por Fred Huber e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro

fernando prass vasco treino (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)
Prass dribla torcedores do Fla fora de campo
(Foto: Celso Pupo / Agência Estado)

As duas maiores torcidas cariocas estarão representadas em campo na final da Taça Rio, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão, entre Vasco e Flamengo. Para os jogadores, os dias que antecedem o jogo têm uma atmosfera diferente. Além da preparação especial dentro do campo, eles convivem com um clima de decisão também quando estão fora do clube.

O goleiro Fernando Prass disse que o assédio dos torcedores, vascaínos e também dos adversários, fica maior perto do Clássico dos Milhões. Os cruzmaltinos querem dar apoio, enquanto os rubro-negros preferem lembrar que ele terá pela frente o craque Ronaldinho. Nada que abale a serenidade do capitão.

- Para mim é tranquilo, já tenho uma certa idade, quase 15 anos de futebol. Mas sinto que o ambiente muda, tanto no clube quanto na cidade. Na hora de levar os filhos na escola, de abastecer o carro, de ir no supermercado... mas tenho sentido apoio muito grande. Vejo muitos vascaínos nas ruas com a camisa. Essa semana fui abordado várias vezes e sem cobrança. Os torcedores do Flamengo querem provocar, ficam falando de Ronaldinho, Thiago Neves... Tem que cortar logo, relevar. Sempre vai acontecer.

Apesar deste apoio que tem sentido dos torcedores do Vasco, Prass sabe que a exigência é pelo título, principalmente por causa do jejum de oito anos e dos fracassos nas últimas decisões contra o Fla.

- A cobrança é grande por se tratar do maior rival, mas uma decisão por si só a pressão já é grande, e isto em qualquer lugar. Aqui até um pouco mais por causa do tempo que não conquistamos. Temos que aprender a conviver com isto.

Quem vive pela primeira vez a ansiedade do Clássico dos Milhões reconhece que, apesar da experiência, não tem como ser indiferente. É o caso do técnico Ricardo Gomes

- Dormir, eu durmo bem. Mas tranquilo não tem como ficar.
fonte: globo