Peixe recupera percentual de jovens jogadores, mas terá de travar longa batalha na Justiça para manter decisão
O Santos saiu na frente do Grupo DIS na disputa judicial que vale 25% dos direitos econômicos de sete jogadores, entre eles, o de Paulo Henrique. Os advogados do clube conseguiram um despacho que rescinde o contrato entre as partes e dá ao investidor um percentual dos atletas.
No ano passado, o Peixe vendeu, por R$2,9 milhões, 25% dos direitos de Paulo Henrique, Diego Faria, Anderson Planta, Tiago Luis, Wesley e André, além de 20% do que valia Breitner. O valor, no entanto, era equivalente a pouco mais de 2% da multa contratual de todos os jogadores juntos.
Com esses números, o Santos entrou com uma ação pedindo o cancelamento do contrato, assinado por Marcelo Teixeira, com o argumento de que houve uma diferença muito grande entre o que foi investido e o que foi arrecadado e que o clube foi prejudicado.
Nesta terça-feira, o juiz da da 5ª Vara Cível de Santos, José Wilson Gonçalves, deu o despacho favorável ao Santos, ao concluir que houve uma "absurda desproporção entre os investimentos, os riscos inerentes ao negócio e o respectivo financeiro ao autor e, de outro lado em relação à ré".
Isso significa que o Peixe ainda teria de devolver o valor recebido pela assinatura do contrato, mas receberá o valor excedente cedido na venda de André. Somando tudo, o Santos teria de pagar R$ 1,02 milhão ao grupo, mas teria o percentual de seus jogadores de volta.
O imbróglio jurídico terá mais capítulos, já que o DIS recorrerá da decisão. A reportagem entrou em contato com o grupo, que pretende se manifestar apenas após o resultado em segunda instância.