Pressionado pelas declarações do dono Roman Abramovich, Blues tentam superar decisão de 2008, vencida pelos Diabos Vermelhos nas penalidades
Cech, Essien, Terry, Ashley Cole, Lampard, Drogba, Malouda, Anelka... São muitos os que estiveram no estádio Luzhniki, em Moscou, naquela noite de 21 de maio de 2008, para a decisão da Liga dos Campeões contra o Manchester United e estarão em campo nesta quarta-feira, no Stamford Bridge. A partir das 15h45 (de Brasília), os Blues recebem os Diabos Vermelhos pelas quartas de final da mesma competição. Uma taça que se tornou obrigatória para o clube estampar em sua sala de troféus desde então.
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Na ocasião, os londrinos, que ganharam notoriedade na última década após os investimentos do russo Roman Abramovich, estiveram muito próximos do título inédito. Sentiram na pele a ansiedade quando o zagueiro e capitão Terry correu para consagrar todos nas cobranças de pênaltis. Mas um escorregão e uma outra penalidade desperdiçada por Anelka fizeram o sonho, quase real, ser adiado.
Pressão do dono
Dono do clube, Abramovich declarou recentemente que não irá deixar de injetar dinheiro “até conseguir sua maior ambição”. Não à toa a chegada de Fernando Torres, em janeiro, por incríveis £ 50 milhões (R$ 133 milhões) mostra que a Champions é uma necessidade. Apesar da pressão, o momento é de tranquilidade no Chelsea.
– É lógico que o fato de o clube nunca ter vencido nos dá uma responsabilidade extra, mas estamos todos preparados. Encaro essa situação mais como uma motivação, um incentivo para lutar mais em campo. Mas enquanto o Chelsea não vencer a pressão irá existir. No futebol as coisas funcionam dessa forma. Nos resta saber lidar com isso e transformar esse tabu em uma coisa positiva – disse Ramires, que não terá a companhia dos brasileiros Alex (machucado) e David Luiz (impossibilitado), em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Ancelotti beija Ramires: com moral, meio-campista admite pressão sobre o Chelsea (Foto: Reuters)
– O David (Luiz) nem vai precisar pedir para eu correr por ele (risos). Esse é o jogo mais importante que vou disputar desde que cheguei no Chelsea. Mas não há nenhum clima de revanche, somente a vontade natural de ganhar. Chelsea e Manchester já se enfrentaram por várias vezes depois dessa ocasião.
O técnico Carlo Ancelotti também prefere ver as coisas por um lado positivo.
– Se os nossos jogadores pensam no jogo de Moscou, obviamente eles não estão felizes. John Terry não está feliz com o que ele perdeu no jogo, outros jogadores não estão felizes também, e que poderia ser uma boa motivação porque este poderia ser um destino – afirmou.
Em campo, o treinador italiano contará com todas as peças disponíveis. Novamente, a dúvida fica por conta no ataque. Anelka, Fernando Torres, Drogba e até Kalou brigam por duas vagas. Os dois primeiros estão em vantagem. No meio, o ídolo Franck Lampard completará 500 jogos pelo clube.
Manchester com boas novidades
No Manchester, a novidade é o possível retorno do zagueiro Rio Ferdinand, afastado há dois meses com uma lesão na panturrilha. Caso não seja titular, Smalling manterá a posição. O lateral-direito Rafael, poupado no jogo do fim de semana, é outro que estará disponível desde o início, mas o irmão Fabio, que atuou em seu lugar contra o West Ham, no fim de semana, leva ligeira vantagem. Wayne Rooney, que não treinou na última terça, está confirmado ao lado do "xodó" Chicharito Hernández.
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– Pretendemos voltar a Old Trafford com um ou dois gols marcados. Isso não vai alterar a nossa atitude durante o jogo, que é vencer, mas queremos ter a certeza de que estaremos na briga. Se alcançarmos essa vantagem será muito difícil nos vencerem em casa – disse o técnico Sir Alex Ferguson.
Se para o Manchester as lembranças dentro da Champions são das melhores, o retrospecto recente contra o Chelsea no Stamford Bridge é preocupante. Há nove anos os Diabos Vermelhos não vencem os Blues em Londres. No último jogo, David Luiz fez um dos gols da vitória por 2 a 1, pelo Campeonato Inglês.
– Vai ser um grande jogo como o que foi recentemente lá. Perdemos, teve confusão, mas podemos apagar tudo isso com uma vitória na casa deles – contou Rafael.
Cech, Bosingwa, Ivanovic, Terry e Ashley Cole; Ramires, Essien, Lampard e Malouda; Anelka e Torres. | Van der Sar, Fábio (Rafael), Smalling (Ferdinand), Vidic e Evra; Valencia, Carrick, Scholes e Nani; Rooney e Chicharito Hernández. |
Técnico: Carlo Ancelotti. | Técnico: Alex Ferguson. |
Estádio: Stamford Bridge (Londres, Inglaterra). Data: 06/04/2011. Árbitro: Alberto Undiano (ESP). Assistentes: Fermin Martinez e Juan Carlos Jiménez. | |
Transmissão: o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real a partir de 15h30 (de Brasília) |
fonte: globo