Toda a família do zagueiro é devota do sacerdote que tornou famosa a cidade de Juazeiro do Norte
Juazeiro do Norte cresceu e ficou famosa por causa de Padre Cícero. Atualmente, o turismo religioso move a economia da cidade do sul do Ceará. Mas quem mora lá também alimenta a crença em seus milagres. A família de Ronaldo Angelim é um bom exemplo de fé no “santo do sertão”.
Angelim visita a estátua de Padre Cícero para agradecer o título do Campeonato Brasileiro
Antes mesmo de o zagueiro nascer, sua mãe já pagava promessas ao sacerdote. E desde a infância Angelim cresceu acreditando, louvando e jamais duvidando da força de “Padim Ciço”. - Meu avô se chamava Cícero e lá em casa todo mundo é devoto. Minha mãe até hoje paga promessa por conta do acidente do meu irmão... E ainda teve a história de quando eu estava no Fortaleza – diz Angelim, para depois contá-la.
Juazeiro do Norte cresceu e ficou famosa por causa de Padre Cícero. Atualmente, o turismo religioso move a economia da cidade do sul do Ceará. Mas quem mora lá também alimenta a crença em seus milagres. A família de Ronaldo Angelim é um bom exemplo de fé no “santo do sertão”.
Angelim visita a estátua de Padre Cícero para agradecer o título do Campeonato Brasileiro
Antes mesmo de o zagueiro nascer, sua mãe já pagava promessas ao sacerdote. E desde a infância Angelim cresceu acreditando, louvando e jamais duvidando da força de “Padim Ciço”. - Meu avô se chamava Cícero e lá em casa todo mundo é devoto. Minha mãe até hoje paga promessa por conta do acidente do meu irmão... E ainda teve a história de quando eu estava no Fortaleza – diz Angelim, para depois contá-la.
- Viemos para Juazeiro de ônibus (está a cerca de 514 km da capital cearense) para enfrentar o Icasa. Eu lembro que nosso time tinha vários jogadores evangélicos e eles vieram zoando o Padre Cícero a viagem toda. Diziam que ele jamais fez milagre, que ele não era de nada, que tinha um cabeção. Fiquei chateado, mas aguentei calado. Só sei que o Icasa já estava praticamente rebaixado e, mesmo assim, perdermos o jogo por 5 a 1. Foi a força do homem. Brincaram com quem não devia. Depois todo mundo teve de voltar de avião com medo da torcida – contou o zagueiro.
Rodrigo Benchimol/GLOBOESPORTE.COM
Ronaldo Angelim dá uma das seis voltas no cajado de Padre Cícero
Na última sexta-feira, o GLOBOESPORTE.COM foi com ele até a estátua de Padre Cícero, que vigia do alto toda a cidade, assim como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Por lá, o jogador rezou e agradeceu pelo milagroso gol contra o Grêmio, que deu o título do Campeonato Brasileiro de 2009 ao Flamengo.
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Ronaldo Angelim dá uma das seis voltas no cajado de Padre Cícero
Na última sexta-feira, o GLOBOESPORTE.COM foi com ele até a estátua de Padre Cícero, que vigia do alto toda a cidade, assim como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Por lá, o jogador rezou e agradeceu pelo milagroso gol contra o Grêmio, que deu o título do Campeonato Brasileiro de 2009 ao Flamengo.
Para cumprir o ritual, bastava dar uma volta no cajado do Padre Cícero no sentido anti-horário. O zagueiro deu seis. - Uma para cada título do Flamengo – brincou. Em seguida, lembrou de outras visitas que fez à estátua por conta de outras graças alcançadas. Numa delas, trouxe uma camisa 4 do Flamengo, que até hoje faz parte do acervo do museu de Padre Cícero, ao lado do monumento.
- Sempre venho aqui quando dá. Depois daquela classificação para a Libertadores na arrancada de 2007, eu vim aqui trazer uma camisa com o Jorge Rodrigues (amigo do técnico Joel Santana). Também vim depois da conquista dos três últimos Cariocas. Na minha próxima visita, vou trazer a camisa do hexa. E espero voltar aqui no ano que vem, para trazer a do Tetra do Carioca ou quem sabe da Libertadores – disse Ronaldo Angelim. O MILAGRE
Rodrigo Benchimol/GLOBOESPORTE.COM
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A camisa dada para pagar promessa por vaga na Libertadores, em 2007
Agnaldo é o irmão mais velho de Angelim. Seu pai, Antônio, morava em São Paulo na época em que a esposa Francisca deu à luz o primogênito. Quando ele estava com quatro meses, um acidente quase lhe tirou a vida antes mesmo do pai conhecê-lo.
- Minha sobrinha pediu para dar o banho em Agnaldo, num tanque em que a água ficava na altura da cintura dele. Aí passou uma procissão, ela o largou no tanque e foi correr para ver. Nisso, Agnaldo se afogou até que a avó por parte de pai o encontrasse boiando, roxo. Ela me trouxe ele nos braços, já durinho e dizendo: “Antônia, seu filho morreu”. O desespero foi enorme, ainda mais por ser meu primeiro filho e pelo fato de Antônio estar em São Paulo. Levamos meu filho correndo para o hospital e não fomos atendidos. Corremos para o segundo hospital e o levaram lá pra dentro.
Foi quando eu olhei pela janela e vi a imagem de Padre Cícero no Horto. Enquanto eu fazia a promessa, parecia que eu estava conversando com ele cara a cara. Um médico veio logo depois dizendo que não tinha jeito, que o menino tinha se afogado. Mas um outro rapaz continuou tentando salvá-lo. Quando o médico voltou para a sala, Agnaldo estava se mexendo. O médico virou para mim e disse: “senhora, o que aconteceu aqui hoje foi um milagre”. Aí só me restou agradecer e pagar a promessa: subi as escadarias de joelho carregando meu filho no colo – relatou Dona Francisca.
Sempre que pode, a família acende velas, faz preces e acompanha as romarias que lotam a cidade de fiéis de todo o Brasil. Depois do gol milagroso de Ronaldo Angelim, a devoção só foi fortalecida. - Com um homem desse me iluminando, não tem não como não querer viver aqui em Juazeiro do Norte. Eu acho que Padre Cícero é rubro-negro – disse o zagueiro.
Sempre que pode, a família acende velas, faz preces e acompanha as romarias que lotam a cidade de fiéis de todo o Brasil. Depois do gol milagroso de Ronaldo Angelim, a devoção só foi fortalecida. - Com um homem desse me iluminando, não tem não como não querer viver aqui em Juazeiro do Norte. Eu acho que Padre Cícero é rubro-negro – disse o zagueiro.
fonte globo