Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, ex-atleta do Santos fala sobre o Dinamo de Kiev (UCR), Seleção Brasileira e Peixe
André pretende fazer História na Europa (Foto: Site UEFA.com)
Um ilustre desconhecido: esse era o atacante André, no início de 2010. Recém lançado ao time profissional do Santos, o jovem buscava afirmação em meio aos pedidos do ex-treinador Dorival Júnior por um novo camisa 9.
Souza (Corinthians), Fernandão (São Paulo) e até o português Nuno Gomes (Benfica-POR) foram alguns dos nomes cogitados para assumir o posto de centroavante do time, mas ninguém veio.
Restou ao jogador de 20 anos, de sorriso fácil, natural de Búzios (RJ), a responsabilidade de concluir as jogadas tramadas por Neymar, Ganso e Robinho. Contrariando as expectativas, foi o segundo maior artilheiro do time no ano, com 26 gols.
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Vieram a transferência para o Dinamo de Kiev (UCR) e a Seleção Brasileira, mas a sua saída do Peixe poderia ter sido evitada. Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, ele revela que se tivesse sido procurado antes, ficaria no clube. André também fala de sua ascensão meteórica, da partida contra a Argentina e rechaça voltar ao Brasil agora, mas não descarta jogar pelo Corinthians.
Marcelo Hazan: O futebol da Ucrânia é muito diferente do futebol brasileiro?
André: No Brasil é mais toque de bola, tem tempo de dominar e pensar. Aqui, se der mole, os caras atropelam. A força física é primordial. Vou me adaptando. Tenho contrato até 2015, é bastante tempo (risos).
MH: Se tivesse sido mais valorizado e renovado antes, ficaria no Santos?
A: Com certeza. Se tivesse sido acertado antes das coisas acontecerem, seria bem mais fácil de continuar no Santos. Até porque eu não tinha pretensão de sair. Fiz de tudo para ficar e queria ter ficado. Chegamos num acordo e infelizmente eu tive que ir embora. Se tivessem me procurado antes, teria ficado.
MH: Já está pensando em voltar para o Brasil?
A: Nem passa pela minha cabeça, quero fazer a minha História aqui e, quem sabe, em um clube maior da Europa. Não é hora de voltar. Mas se me chamarem para a Copa de 2014, eu volto na hora (risos).
MH: Um dos interessados seria o Corinthians. Jogaria lá?
A: Ninguém pode falar que nunca vai jogar em um clube. O Corinthians é um clube legal. Se fosse um projeto bacana, por que não? O Santos tem prioridade no meu contrato, mas quem sabe?
MH: O Santos lutou para manter o Neymar. Você acha que se ele sair, será para um clube top?
A: Sim, como Real Madrid, Milan ou Barcelona. E quando chega a hora, não tem jeito. Ele sabe o que faz e tem gente que conduz sua carreira. Vai fazer a escolha certa, tenho certeza. Não sei se foi a decisão certa ficar, é difícil falar da carreira dos outros.
MH: Esperava ser convocado tão cedo para a Seleção Brasileira?
A: Todo jogador tem esse sonho e eu sou igual. Confiava em mim, mas não pensava que fosse tão cedo.
MH: Como foi jogar com Messi e Ronaldinho Gaúcho, no amistoso contra a Argentina?
A: Brincava no videogame com eles e, quando fui ver, estavam ao meu lado. O Ronaldinho é muito tranquilo, o Messi também. Foi legal. Acho que fui bem, entrei faltando poucos minutos e tentei ajudar. Pena que perdemos, mas acontece.
MH: E a renovação da Seleção, como está sendo?
A: Estava precisando de uma mudada. O Mano (Menezes, técnico da Seleção Brasileira) é um cara muito bom, procura conversar com os jogadores. Faz um trabalho muito bem feito.
MH: Pensa em jogar a Copa de 2014 com a base do Santos?
É o nosso sonho. Seria sensacional, mas vai ser muita pressão. O povo brasileiro já tem essa de que tem que ganhar a Copa, imagina dentro do Brasil?
Clássico de brasileiros
André participa neste domingo de seu primeiro clássico pelo Dinamo de Kiev. Contra o Metalist, ele vai encontrar os brasileiros Fininho, Cleiton Xavier e Taison, o que já é normal na Ucrânia.
- Sempre tem um brasileiro aqui (risos). Clássico é sempre gostoso de jogar - explicou André.
fonte: lance
