Decisão foi adiada há uma semana porque desembargador havia pedido vistas do processo. Jogador está preso há quase nove meses
Bruno está preso desde julho de 2010 (Foto: Pedro Triginelli / G1 MG)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deve julgar na tarde desta quarta-feira, em Belo Horizonte, um pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno. O julgamento do pedido de liberdade, que deveria ter acontecido na quarta-feira passada, foi adiado pelo desembargador Doorgal Andrada, que pediu vistas do processo. Bruno é acusado de participação no desaparecimento de Eliza Samudio, sua ex-namorada.
O julgamento foi adiado após pronunciamento do advogado Cláudio Dalledone, que defende Bruno. A defesa alegou que o goleiro "detém todos os predicados para ficar em liberdade" até a data do júri e argumentou que Bruno tem domicílio certo, bons antecedentes e é réu primário. O goleiro está preso há quase nove meses na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Entenda o caso
Em 2009, Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. O corpo de Eliza não foi encontrado.
A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito acusados no desaparecimento de Eliza. A pedido do MP, fo decretada a prisão preventiva de todos os suspeitos.
Em dezembro do ano passado, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza; Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada de Bruno; o caseiro do sítio em que teria ocorrido o crime, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e responderão em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio Sales continuam presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
FONTE: GLOBO