Em entrevista especial ao LANCE!Net, ex-treinador do Corinthians critica 'punição generalizada' e cobra maior envolvimento de autoridades, jogadores e dirigentes
De férias, curtindo a família e tocando projetos pessoais, mas nem por isso desligado do futebol. Tite está afastado dos holofotes. Desde que saiu do Corinthians, no início de dezembro do ano passado, ele tem descansado e viajado bastante. No entanto, sem desviar o olhar do que tem acontecido dentro e fora das quatro linhas.
Após alguns dias no Canadá e em Caxias do Sul, o treinador se prepara agora para voltar ao “trabalho”. Destino: Europa. Ainda “fechado para balanço”, o ex-corintiano vai passar um período assistindo a jogos e conhecendo o trabalho das principais equipes da Alemanha e da Inglaterra.
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Antes da nova viagem, Tite topou uma entrevista, por telefone. Simpático, brincalhão e sem papas na língua, como de costume, o treinador evitou ao máximo falar sobre o Corinthians, mas analisou a falta de segurança no futebol brasileiro e as reivindicações do Bom Senso FC.
- Todos os lados precisam ser atacados (pelo Bom Senso FC). Segurança é fundamental. Não quero passar outra vez pela experiência de ver um menino morrer na arquibancada. Não aconteceu morte no Atletico-PR x Vasco, no ano passado, porque a fatalidade não quis. Daqui a pouco vão banalizar a morte. Falta punição aos culpados. Mas não podemos generalizar. Punição generalizada é uma merda. Se você pune o culpado, os outros, que nada fizeram, vão ficar orgulhosos e não vão deixar de ir aos estádios - declarou Tite, ao LANCE!Net.
- O calendário precisa ser melhorado, é bom para o espetáculo, para a saúde dos nossos jogadores. A greve é o último estágio. O torcedor brasileiro não tem condições de pagar oito jogos por mês, mas ele pode pagar quatro. Falta inteligência. Por que não fazer um fórum com dirigentes, jogadores, comissões técnicas e imprensa? Mais do que críticas, precisamos de sugestões. Quais os problemas? Podemos mudar? Felizmente, os jogadores, com o Bom Senso, estão sendo os precursores. Mas não podemos parar por aí - complementou.
Abordado sobre a invasão de cem torcedores organizados no CT do Corinthians, no início do mês, Tite evitou se calar. Porém, em uma resposta sobre o reconhecimento que conquistou ao longo da vitoriosa carreira, o comandante gaúcho "entrou no assunto".
- Todo reconhecimento se deve a uma equipe de trabalho, a uma torcida, e não estou falando desses vagabundos que invadem locais de trabalho - criticou.
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fonte: LANCE