No aniversário de 456 anos da cidade de São Paulo, sobrou emoção no Pacaembu. Donos de apenas três títulos da Copa São Paulo de Juniores, o Tricolor, campeão em 1993 e 2000, e Santos, que levantou a taça somente em 1984, entraram no gramado do Pacaembu na ensolarada manhã desta segunda-feira para definir quem levaria o troféu da 41ª edição da principal competição da categoria no país para casa.
Time com melhor campanha nas fases anteriores, com sete vitórias nos sete jogos disputados, o São Paulo fez valer sua condição de favorito e, mesmo saindo atrás, empatou nos minutos finais, superando o adversário nos pênaltis, por 3 a 0, com direito a três defesas de Richard, nos pênaltis de Alan Patrick, Alemão e Renan.
Herói da decisão nos pênaltis, Richard também foi o pivô da principal confusão da partida, pois, no início do segundo tempo, fez falta em um atacante santista fora da área e poderia ter sido expulso, mas levou somente o cartão amarelo do árbitro. Inconformado, o técnico Narciso tirou satisfações e foi excluído.
O jogo: O Santos começou melhor a partida, sufocando o São Paulo e criando as melhores chances de gol nos primeiros dez minutos, mas o inspirado Alan Patrick não conseguiu superar com seus chutes colocados o bom goleiro Richard.
Aos 18 minutos, quando o São Paulo começava a equilibrar o jogo, no entanto, a história mudou. Melhor do Peixe no jogo, Patrick tabelou com Renan Mota e deixou o atacante na cara do gol para, com categoria, tocar na saída do goleiro e deixar o Santos em vantagem: 1 a 0.
Dono da melhor campanha nas fases anteriores da Copinha, o São Paulo acordou com o gol alvinegro e teve ao menos duas excelentes oportunidades de empatar ainda no primeiro tempo. Na primeira, o artilheiro Lucas Gaúcho fez lindo lance individual, mas pegou mal na hora do chute. Na segunda, Marcelinho fez fila pela direita, cruzou e Ronieli, de primeira, mandou perto da trave de Rafael.
O jogo continuou corrido, digno de uma final, com lances de efeito de Marcelinho pelo lado são-paulino e Alan Patrick, o 10 santista. Mas foi o São Paulo, com um gol anulado de Ronieli e com uma chance perdida por Jéferson quem terminou o primeiro tempo melhor e merecedor do empate, que não chegou.
O São Paulo voltou mais ofensivo para o segundo tempo, mas foi o Santos quem teve a primeira grande chance de gol, quando Dimba fintou o goleiro e foi derrubado fora da área. Os alvinegros pediram a expulsão de Richard, que levou somente o cartão amarelo.
Depois desse lance, o que se viu foi um verdadeiro massacre são-paulino, que rondou a área adversária durante todo o tempo e bombardeou o gol de Rafael, que foi bem quando exigido e, principalmente, na torcida pelas bolas que triscaram suas traves em chutes de Ronieli, Zé Vitor e Jéferson, além de uma cabeçada de Casemiro, que explodiu no travessão.
A sorte que acompanhava o Santos terminou aos 40 minutos, quando Ronieli, aproveitando mais um bate-rebate, encheu o pé e marcou um golaço: 1 a 1. A pressão continuou e Rafael evitou a virada aos 43, com uma defesa espetacular, misturando coragem e reflexo e garantindo o empate até a decisão por pênaltis.
fonte: gazeta esportiva