Técnico se coloca à disposição da cúpula colorada para ser um dos elos pela qualificação do grupo
Por Tomás Hammes
Porto Alegre
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Para um 2013 com mais vitórias, o Inter sairá atrás de reforços. Até aí, nenhuma novidade. No entanto, a direção conta com um importante trunfo e garoto-propaganda para fortalecer ainda mais o elenco: Dunga.
O técnico colorado evitou tratar de nomes. Disse que tanto a direção quanto ele sabem as carências do time, e uma publicidade poderia dificultar as tratativas. Mesmo antes de fechar o acerto, já discutiam os futuros jogadores. E o fato de ter o ex-técnico da Seleção coloca o Colorado como um polo atrativo aos atletas, na avaliação dos comandantes.
Mesmo que as atribuições para prospectar sejam da direção, nas figuras do presidente, dos diretores de futebol Marcelo Feijó de Medeiros e Luís César Souto de Moura, e do executivo Newton Drummond, Dunga garante que não se furtará em auxiliar atrás da melhora do grupo. E deixa aberta a possibilidade de “entrar em campo” e conversar com os jogadores mostrando as vantagens de atuar em Porto Alegre:
- Não é porque eu não tinha assinado o contrato que o Inter não estava trabalhando esses reforços. Logicamente, se for possível e necessário, converso com o jogador. Mas temos o Drummond, o presidente, o Souto e o Marcelo que podem fazer esse papel. É uma equipe. Não vamos medir esforços para contribuir. Várias cabeças pensam melhor do que uma.
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A contratação do treinador e o provável anúncio do preparador físico Paulo Paixão - que ainda precisa se desligar do Grêmio - são tratadas nos gabinetes como o retorno de uma comissão técnica imponente e uma prova para a torcida de que a direção não estava inerte e reconhece que 2012 ficou abaixo das expectativas.
Dunga entende que a demora pelo anúncio não tenham atrapalhado. Pelo contrário. Após as reuniões que alinhavam o acerto, concluiu que a linha de raciocínio da direção se assemelha à dele. O treinador ressalta que o mercado está restrito, até porque os jogadores hoje assinam vínculos de longa duração e, mesmo os clubes que mantiveram o comandante do vestiário, não conseguiram jogadores de indiscutível capacidade.
- O clube já tinha um perfil definido do que queria. No meu modo de ver, os clubes que tinham treinador não se adiantaram tanto assim. Está cada vez mais difícil contratar. É preciso procurar e tentar minimizar o erro. Quem trabalha no futebol, quem convive com futebol tem ideias muito parecidas - aponta.
O novo treinador, aliás, toma cautela ao falar sobre quem permanecerá ou deixará o Inter. O objetivo é não desvalorizar o atleta e criar um constrangimento no mesmo. O ano turbulento, com a saída da Libertadores nas oitavas de final e o décimo lugar no Brasileirão, não diminuiu a força do grupo. O que Dunga espera implementar é o comprometimento e que todos se dediquem para recolocar o time na luta pelas grandes conquistas:
- Quando as coisas não vão bem as pessoas acham que é preciso mudar tudo. Eu não acho isso. O Inter teve um ano atípico, mas há várias coisas boas para se aproveitar. É preciso jogar de forma competitiva, com os jogadores se entregando. O torcedor não aceita que o time saia de campo sem fazer isso. Aliada isso à qualidade técnica do elenco do Inter acho que podemos fazer um grande trabalho.
fonte: globo
