Com um gol por jogo, atacante comemora parceria com o treinador, que elogia posicionamento do artilheiro
Por Thiago Fernandes
Rio de Janeiro
Alecsandro começou a temporada de 2012 com um ótimo retrospecto. Em seis jogos, fez seis gols. Média de um por jogo, muito superior aos 0,33 do ano passado (13 gols em 39 jogos). O desempenho tem chamado a atenção e mereceu elogios do técnico Cristóvão Borges. Os dois atribuem o sucesso a uma conversa séria antes do início da temporada. O comandante cruz-maltino não gostava do fato de o jogador sair demais da área, enquanto o camisa 9 ficava chateado por ser substituído em vários jogos. Os dois sentaram, tiveram um papo e chegaram ao resultado que se vê no início deste ano.
Alecsandro comemora um de seus gols contra o Fluminense (Foto: Jorge William/Globo)
- Ele está fazendo gols em todos os jogos. No ano passado, ele jogava saindo muito da área. Conversamos muito e ele está mais obediente. Ele tem que ficar mais perto do gol. Ele é definidor, goleador. Fez gols e ainda vai fazer mais – disse Cristóvão.
Alecsandro dá mais detalhes da conversa e revela que só mudou porque o técnico também aceitou rever conceitos.
- O treinador te garantir no time é o mais importante. O que acontecia é que o gol não saía e ele me tirava no intervalo. Tivemos uma conversa e ele falou: “faz o que eu te peço, que vou te deixar em campo”. Foi uma troca que a gente teve na base da conversa. Sempre foi um lugar que eu gostei de jogar (a área). Às vezes, o centroavante fica 10, 15 minutos sem tocar na bola e as pessoas questionam. Mas o técnico tem que saber por que isso acontece e te manter no time. Sempre fui obediente taticamente. Venho tendo oportunidades até em finais de jogos. Ele vem tendo confiança em mim e eu passei a ficar mais tranquilo para executar o que ele pede.
Na última temporada, Alecsandro costumava ser substituído por Elton, que agora está no Corinthians. Sua sombra passou a ser então o equatoriano Carlos Tenorio, que não foi inscrito na Taça Guanabara a tempo. Mas o camisa 9 vê com bons olhos a possibilidade de ambos jogarem juntos.
- Vou entrar na mesma teoria de Juninho e Felipe jogarem juntos. Eu sou a favor da qualidade, sou a favor de que joguem jogadores que têm qualidade. Se eu jogar com Tenorio e perdermos, vão dizer que não podemos jogar junto. Mas quando a vitória vier, vão dizer que é um ataque perfeito. Temos características totalmente diferentes. Eles é um jogador de beirada, driblador. Eu sou um jogador de área. Não sou driblador. Acaba encaixando.
O Vasco volta a campo nesta quarta-feira, contra o Volta Redonda. O jogo é válido pelo complemento da quinta rodada da Taça Guanabara e será disputado em São Januário, a partir das 19h30m (horário de Brasília).
FONTE: GLOBO
