O Beira-Rio abriu para o seu segundo evento-teste na noite de quarta-feira ainda com 10 mil sócios presentes. Novidade mesmo só na mudança de lado em que os fãs se alojaram, algo pequeno, que daria poucas brechas para contratempos. No entanto, a chuva que teimou em não cessar roubou a cena e colocou a prova o estádio remodelado para a Copa do Mundo. Assim, destacou-se o gramado, que passou incólume ao temporal. O mesmo não se pode dizer dos colorados, sem proteção da cobertura.
Doze dias depois do evento-teste inaugural, contra o Caxias, o GloboEsporte.com volta a fazer um raio-X do que melhorou, do que não se alterou e de novidades da casa colorada. Como os telões, que fizeram sua estreia neste 1 a 0 sobre o Brasil de Pelotas. Ou ainda a iluminação, que, mesmo sem força máxima, esbanjou eficiência.
> Confira o que deu certo e o que deu errado:
01
MEMBRANAS NÃO IMPEDEM CHUVA NOS TORCEDORES
Colorados acompanham em pé, pela chuva
(Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
São Pedro não deu trégua. Durante todo o dia, a água castigou Porto Alegre. Durante o jogo contra o Brasil de Pelotas não foi diferente. Havia a expectativa de que, agora com cobertura, o Beira-Rio protegesse os torcedores. Como o acabamento entre as membranas opacas e translúcidas não está pronto, os colorados ficaram molhados e, para se proteger, foi preciso utilizar guarda-chuva ou capa.
A chuva não deixou imune as dependências do estádio. Entre as fileiras de uma cadeira a outra, o que se percebiam eram poças de água a serem dribladas pelos espectadores, que pareciam pouco se importar, ao seguir a rotina de flashes para registrar o momento histórico. A segunda vice-presidente Diana Oliveira admitiu que é preciso reforçar as membranas:
- Os arremates entre membranas merecem um reforço. Choveu muito e acabou abrindo, mas será solucionado - afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Assim como no primeiro jogo, acessos foram dificultados por canteiro de obra (Foto: Tomás Hammes/Globoesporte.com)
Só que o insólito episódio não ocorreu apenas nas primeiras filas de cadeiras. Mesmo no anel superior, que não estava aberto, mas deveria ficar protegido por ser projetado mais para a parte interna da cobertura, foi possível encontrar poças. Até na marquise do setor de imprensa via-se água, embora os jornalistas não tenham sido atingidos.
A entrada ao local para os jornalistas também foi complicada. A água acumulou e dois pedaços de madeira serviam como passagem para evitar se molhar. O entorno sofreu com a água. A lama tomou conta da parte externa do Beira-Rio.
02
INTERNET E TELEFONES SEM FUNCIONAR
Marcelo Medeiros tenta encontrar sinal do celular (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
Assim como ocorreu no primeiro jogo-teste, os veículos de imprensa levaram a pior na disputa com a internet. O serviço 3G inexistiu. A telefonia celular também não conectava. Era complicado ligar para dentro do estádio. E o problema não se resumiu aos jornalistas. No intervalo, o vice-presidente de futebol Marcelo Medeiros deixou o camarote destinado ao departamento e ficou no anel inferior tentando completar uma ligação. Chegou a levantar o celular para ver se encontrava sinal. Em vão.
03
SETOR PARA COLETIVA SEGUE IMPROVISADO
Wellington Paulista brinca antes de coletiva
(Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
A sala de imprensa ainda não está liberada. E, mais uma vez, as entrevistas coletivas ocorreram em frente ao vestiário do Inter. O banner com os patrocinadores do clube foi instalado e o microfone colocado para Abel Braga, Marcelo Medeiros e Wellington Paulista conversarem com os jornalistas. O centroavante chegou a brincar com o posicionamento do microfone:
- Vou fazer como o Roberto Carlos - disse aos risos, puxando como faz o cantor.
04
DRENAGEM VENCE A CHUVA
Sem sinal de poças no gramado impecável
(Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
Os imprevistos, no entanto, ficaram fora das quatro linhas. A nova drenagem a vácuo mostrou sua eficiência e não permitiu poças. Assim, a bola rolou normalmente durante o confronto com o Xavante, arrancando elogios de todos, mesmo com a chuva não cessando durante os 90 minutos do jogo em que acabou 1 a 0 para o Colorado, gol de Wellington Paulista.
05
PLACAR ELETRÔNICO LIGADO
Telão mostra o rosto de Rafael Moura
(Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
O placar eletrônico, que ficou desligado na partida contra o Caxias (goleada por 4 a 0), no reencontro do torcedor com o Beira-Rio, desta vez, 11 dias depois, funcionou. Ou melhor, funcionaram, uma vez que são dois, atrás de cada meta. Apresentaram formações, cartões e substituições, além de um vídeo feito pela construtora Andrade Gutierrez, de cerca de cinco minutos, em homenagem à história do clube. Como de costume, D'Alessandro foi o mais festejado ao ser anunciado, seguido de Abel.
Colorados encaram fila na chuva para visitar palco
(Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
Um dos principais transtornos enfrentados pelos colorados na partida contra o Caxias foi a dificuldade de vencer as filas. Longas, precisaram ser enfrentadas até passar pelo pórtico do Gigantinho para se dirigir às catracas. Novamente, houve fila, mas sem os transtornos, uma vez que havia mais pessoas capacitadas a conferir o ingresso dos fãs. E, mesmo que os portões tenham sido abertos seis minutos após o previsto inicialmente (às 20h06 em vez de às 20h), os aficionados não tiveram tantas dificuldades e conseguiram entrar no Beira-Rio pela primeira vez (já que os sócios que fizeram o check in não eram os mesmos que estiveram diante do time grená) para ajudar o time.
07
A 70%, ILUMINAÇÃO NÃO DEIXA SOMBRAS
Iluminação não deixa sombras no campo
(Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)
É como se fosse dia. Não interessa que os todos os holofotes ainda não estejam ligados. Não há sombras no campo do novo Beira-Rio. A previsão de Diana é que o Inter só utilize toda a iluminação no próximo jogo na remodelada casa, no dia 5 de março contra o São José
- Não está completamente pronta a iluminação. Estão 70% dos holofotes instalados e focados para o centro do gramado. No próximo jogo, teremos 100% dos holofotes instalados.
FONTE: GLOBO
